Relações alométricas entre os tamanhos de sementes artificiais removidas e de formigas em um fragmento florestal na Amazônia Central

  • Lilian Caroline Nunes de Matos Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC), Universidade Federal do Amazonas
  • Flavia Delgado Santana Laboratório de Ciclos Biogeoquímicos, Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
  • Fabricio Beggiato Baccaro Universidade Federal do Amazonas/Departamento de Biologia
Palavras-chave: Comportamento, Mirmecocoria, Mutualismo, Floresta tropical

Resumo

As formigas são os principais dispersores invertebrados de sementes encontradas no solo. No entanto, ainda conhecemos pouco sobre a história natural das espécies de formigas e como elas poderiam atuar na dispersão de sementes. Em busca de padrões alométricos entre formigas e sementes, que poderiam ser extrapolados para outros locais e outras espécies, comparamos modelos de sementes artificiais com tamanhos diferentes e os relacionamos com algumas medidas de tamanho das formigas. As sementes artificiais foram oferecidas em seis transectos com dez pontos de observação instalados no campus da Universidade Federal do Amazonas, em Manaus. Foram registradas 20 espécies de formigas interagindo com as sementes artificiais. Formigas do gênero Ectatomma removeram uma quantidade maior de sementes, seguidas por Pheidole, Odontomachus e Pachycondyla. A maior distância percorrida foi de 5,10 m, em um evento de dispersão por E. brunneum Smith, 1858. Formigas menores de 2 mm não removeram nenhum dos modelos de sementes artificiais, mas consumiram o arilo artificial no local onde a semente foi oferecida. Nossos resultados reforçam que a qualidade da dispersão de sementes é dependente da identidade do parceiro (espécie de formiga), mas que formigas maiores removem mais sementes e a distâncias maiores

Publicado
2020-05-28
Como Citar
Matos, L. C., Santana, F., & Baccaro, F. (2020). Relações alométricas entre os tamanhos de sementes artificiais removidas e de formigas em um fragmento florestal na Amazônia Central. Boletim Do Museu Paraense Emílio Goeldi - Ciências Naturais, 15(1), 155-164. https://doi.org/10.46357/bcnaturais.v15i1.283