Mineralogia e composição química de artefatos líticos para caracterização de material e de proveniência em sítios arqueológicos do Salobo, Carajás, Pará, Brasil

  • Heliana Mendes Pantoja Universidade Federal do Pará. Belém, Pará, Brasil
  • Marcondes Lima da Costa Universidade Federal do Pará. Belém, Pará, Brasil
  • Maura Imazio da Silveira Museu Paraense Emílio Goeldi/MCTIC. Belém, Pará, Brasil
  • Maria Jacqueline Rodet Universidade Federal de Minas Gerais. Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil
  • Rômulo Angélica Universidade Federal do Pará. Belém, Pará, Brasil
  • Simone Paz Universidade Federal do Pará. Belém, Pará, Brasil
  • Suyanne Flávia Santos Rodrigues Universidade Federal do Pará. Belém, Pará, Brasil
Palavras-chave: Contas, Pingentes, Caulim, Calinita, Florencita

Resumo

A Província Mineral de Carajás abriga vários sítios arqueológicos com inúmeros artefatos líticos elaborados em diversos materiais. Estudamos a morfologia, a mineralogia e a química de artefatos líticos resgatados em sítios arqueológicos na área de impacto da mina de cobre/ouro do Salobo, na Província de Carajás. Os resultados obtidos por DRX, FRX e MEV/EDS demostram que a matéria-prima empregada na confecção dos artefatos líticos foi um caulim semiduro, constituído de caulinita, quartzo criptocristalino, florencita, sericita e hematita. Isso sugere que os artefatos tiveram uma mesma fonte de matéria-prima e que possivelmente havia preferência por esta. Adicionalmente, a dureza dessa matéria-prima provavelmente permitiu que os artefatos fossem mais facilmente elaborados. Os resultados mineralógicos e químicos, combinados com as características da morfologia dos artefatos, indicam relações intrassítios arqueológicos. Material equivalente ao utilizado na confecção dos líticos foi encontrado nas minas de ametista de Alto Bonito, a 40 km dos sítios investigados. Este local foi, então, considerado como área-fonte da matéria-prima empregada para a confecção dos artefatos. Finalmente, esta indicação é reforçada pela associação com lascas de quartzo hialino e ametista, também abundantes e associadas ao caulim semiduro presente nas minas de Alto Bonito.

Publicado
2017-12-17
Como Citar
Pantoja, H., da Costa, M., da Silveira, M., Rodet, M. J., Angélica, R., Paz, S., & Rodrigues, S. F. (2017). Mineralogia e composição química de artefatos líticos para caracterização de material e de proveniência em sítios arqueológicos do Salobo, Carajás, Pará, Brasil. Boletim Do Museu Paraense Emílio Goeldi - Ciências Naturais, 12(3), 399-409. https://doi.org/10.46357/bcnaturais.v12i3.379