Diversidade genética e estrutura populacional de Mauritia flexuosa L. f. no Cerrado e no Pantanal

  • Nilo Leal Sander Centro de Pesquisa em Limnologia, Biodiversidade e Etnobiologia do Pantanal. Cáceres, Mato Grosso, Brasil
  • Auana Vicente Tiago Rede de Biodiversidade e Biotecnologia da Amazônia Legal/Universidade Federal do Amazonas. Manaus, Amazonas, Brasil
  • Joari Costa de Arruda Centro de Pesquisa em Limnologia, Biodiversidade e Etnobiologia do Pantanal. Cáceres, Mato Grosso, Brasil
  • Maria Antonia Carniello Universidade do Estado de Mato Grosso. Cáceres, Mato Grosso, Brasil
  • Maria Tereza Pulido Silva Universidad Autónoma del Estado de Hidalgo. Pachuca de Soto, Hidalgo, México
  • Ana Aparecida Bandini Rossi Rede de Biodiversidade e Biotecnologia da Amazônia Legal/Universidade Federal do Amazonas. Manaus, Amazonas, Brasil
  • Carolina Joana da Silva Centro de Pesquisa em Limnologia, Biodiversidade e Etnobiologia do Pantanal. Cáceres, Mato Grosso, Brasil
Palavras-chave: Buriti, Conexão Cerrado-Pantanal, Área úmida, Microssatélite

Resumo

Os objetivos deste estudo foram analisar a diversidade e a estrutura genética de populações de Mauritia flexuosa L. f. nos biomas Cerrado (Chapada dos Guimarães – XAP) e Pantanal (Mimoso – MIM), bem como avaliar possíveis conexões entre as populações destas áreas. Amostras de DNA foram extraídas de 24 indivíduos de XAP e de 23 de MIM para as análises de diversidade genética e de estrutura populacional. O resultado obtido pelo software Structure aponta a formação de dois grupos principais, revelando o compartilhamento de informações genéticas em algum momento do passado e as consequentes inserções de indivíduos da população XAP no grupo MIM, conforme descrito pelas análises UPGMA e PCoA. Essa troca de informação genética entre as áreas pode ter sido oriunda de transporte de frutos e de sementes por animais silvestres ou por populações locais, com uma posterior quebra desta conexão, seguida de um processo de endogamia dentro das populações, o qual foi mais intenso na população de MIM, que consiste em um único grande grupo. Processo contrário ocorre com a população da Chapada dos Guimarães, que, em toda a extensão do parque e entorno, apresenta pequenas populações de Mflexuosa, possibilitando a troca de informação entre os indivíduos.

Publicado
2017-11-30
Como Citar
Sander, N., Tiago, A., de Arruda, J., Carniello, M. A., Silva, M. T., Rossi, A. A., & da Silva, C. (2017). Diversidade genética e estrutura populacional de Mauritia flexuosa L. f. no Cerrado e no Pantanal. Boletim Do Museu Paraense Emílio Goeldi - Ciências Naturais, 12(2), 209-219. https://doi.org/10.46357/bcnaturais.v12i2.385