Da Academia Real Militar ao Departamento de Geologia, do Instituto de Geociências, da Universidade Federal do Rio de Janeiro: a trajetória de uma coleção de minerais

  • Cristina Moura Bastos Universidade Federal do Rio de Janeiro
  • Marcio Ferreira Rangel Museu de Astronomia e Ciências Afins
  • Cícera Neysi de Almeida Universidade Federal do Rio de Janeiro
Palavras-chave: Museu, Museologia, Patrimônio, Coleções mineralógicas, Ensino de Engenharia

Resumo

Este trabalho aborda a formação da coleção de minerais da antiga Escola Nacional de Engenharia (ENE) que, nos dias atuais, encontra-se parcialmente sediada no Museu da Geodiversidade, localizado no Instituto de Geociências, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IGEO/UFRJ). A formação desta coleção foi motivada pela transferência da coleção mineralógica Werner das dependências da Academia Real Militar (ARM) para o Museu Real (atual Museu Nacional), em 1818, ano de sua inauguração, ficando a ARM sem amostras minerais que servissem ao ensino prático das cadeiras de Geologia e de Mineralogia do curso de Engenharia. Em 1824, foram solicitadas ao Museu amostras em duplicata para a ARM, constituindo, assim, o núcleo inicial dessa coleção. Esse núcleo, ampliado através de compra e de doações, atingiu mais de 5.000 exemplares em 1883. Ao longo do tempo, a ARM recebeu diversas denominações, até que em 1937 foi batizada com o nome de Escola Nacional de Engenharia. Durante o período da ditadura militar, o IGEO/UFRJ recebeu parte do acervo mineralógico da ENE. O recadastramento, ora em curso, demonstrou que a instituição não abriga, hoje, mais de 1.000 exemplares, ignorando-se o destino do restante dessa coleção, que se destaca por sua relevância histórica e científica.

Publicado
2017-10-04
Como Citar
Bastos, C., Rangel, M., & Almeida, C. N. (2017). Da Academia Real Militar ao Departamento de Geologia, do Instituto de Geociências, da Universidade Federal do Rio de Janeiro: a trajetória de uma coleção de minerais. Boletim Do Museu Paraense Emílio Goeldi - Ciências Naturais, 12(1), 109-127. https://doi.org/10.46357/bcnaturais.v12i1.408