Correlações entre suítes magmáticas alcalinas orosirianas pós-colisionais da Bahia e de Minas Gerais: fragmentos de uma província alcalina?
Resumo
A começar pela idade, há inúmeras semelhanças entre as suítes magmáticas alcalinas Lagoa Real sódica (1,90 Ga, Bahia) e Gouveana potássica (1,95 Ga, Minas Gerais). Ambas apresentam desde lamprófiros e monzonitos até sienitos e quartzo-sienitos metaluminosos, pertencentes à série magmática alcalina saturada em sílica. Sugere-se que a fusão parcial do manto litosférico, que havia sido metassomatizado por fluidos derivados de uma placa subductada antes da colisão, teria inicialmente gerado um magma lamprofírico. A cristalização fracionada deste magma teria levado ao surgimento de magmas monzoníticos que, por sua vez, evoluíram para os sieníticos e quartzo-sieníticos. Ambas suítes alcalinas fazem parte de um domínio estrutural alinhado na direção N-S, com mais de 1.000 km de comprimento, dentro do qual ocorrem outras associações alcalinas, como a sienítica de 2,0 Ga na borda sul do Cráton São Francisco (Minas Gerais), o batólito Guanambi (2,05 Ga, Bahia) e seus termos lamprofíricos, monzoníticos e sieníticos, de gênese associada à dos lamprófiros e sienitos da Suíte Paciência (norte de Minas Gerais) e, ainda, o complexo sienítico-lamprofírico-carbonatítico Angico dos Dias de 2,0 Ga (norte da Bahia). Aparentemente, todas estas associações representam os fragmentos de uma província alcalina orosiriana pós-colisional Minas-Bahia, de idade entre 1,90 e 2,05 Ga.
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