Geologia e características do fluido mineralizador dos alvos auríferos Jerimum de Cima e Babi, campo mineralizado do Cuiú-Cuiú, Província Aurífera do Tapajós, Cráton Amazônico, com base em estudos de inclusões fluidas e de isótopos estáveis

  • Carlos Alberto dos Santos Silva Júnior Universidade Federal do Pará
  • Evandro Luiz Klein Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais
Palavras-chave: Tapajós, Pressão, Temperatura, Fonte do fluido, Metalogênese

Resumo

Os alvos auríferos Jerimum de Cima e Babi estão localizados no campo mineralizado do Cuiú-Cuiú, Província Aurífera do Tapajós, Cráton Amazônico. Jerimum de Cima é moderadamente mineralizado, enquanto no alvo Babi a mineralização é incipiente (não econômica). O estudo petrográfico definiu tonalitos, monzogranitos e granodioritos como rochas hospedeiras nos dois alvos. Sericitização, silicificação, sulfetação, cloritização e carbonatação ocorrem nos dois alvos, na forma fissural e disseminada (pervasiva), e os maiores teores de ouro estão associados com maiores concentrações de sulfetos. Inclusões fluidas (IF) aquosas, aquocarbônicas e carbônicas foram classificadas. As IF aquocarbônicas, presentes apenas em Jerimum de Cima, representam o provável fluido mineralizador, indicam imiscibilidade de fluidos (separação de fases) e possível mistura tardia com fluidos mais frios. Estudos de isótopos estáveis em minerais de veios e de zonas de alteração indicam temperaturas de precipitação dos minerais entre 305 e 330 °C e entre 108 e 205 °C. Também sugerem fontes magmáticas e meteóricas para os fluidos. Os dados obtidos são compatíveis com depósito magmático-hidrotermal (relacionado à intrusão), com mistura de fluido magmático e meteórico. A ausência de CO2 no alvo Babi, assumindo que o aprisionamento do fluido tenha sido tardio em relação à evolução hidrotermal do sistema, pode explicar a fraca mineralização.

Publicado
2015-08-31
Como Citar
Silva Júnior, C. A., & Klein, E. L. (2015). Geologia e características do fluido mineralizador dos alvos auríferos Jerimum de Cima e Babi, campo mineralizado do Cuiú-Cuiú, Província Aurífera do Tapajós, Cráton Amazônico, com base em estudos de inclusões fluidas e de isótopos estáveis. Boletim Do Museu Paraense Emílio Goeldi - Ciências Naturais, 10(2), 199-230. https://doi.org/10.46357/bcnaturais.v10i2.481