Florestas secundárias como repositórios de biodiversidade em paisagens antrópicas: evidências dos neotrópicos

  • Marcelo Tabarelli Universidade Federal de Pernambuco
  • Bráulio Almeida Santos Universidade Federal de Pernambuco
  • Victor Arroyo-Rodríguez Universidad Nacional Autónoma de México
  • Felipe Pimentel Lopes de Melo Universidade Federal de Pernambuco
Palavras-chave: Conservação biológica, Fragmentação florestal, Regeneração florestal, Sucessão, Uso da terra

Resumo

Neste artigo, examinamos alguns dos processos que determinam a composição e a estrutura das assembleias de plantas e o que podemos esperar das florestas secundárias como elemento das paisagens antrópicas na conservação da biodiversidade neste contexto ecológico. Baseando-nos na informação disponível, podemos esperar que em algumas paisagens ou biotas: (1) remanescentes de floresta original se degenerem e tendam a compor assembleias de plantas com atributos similares às de áreas de regeneração em estágios iniciais ou intermediários de sucessão, enquanto que os stands de floresta secundária se movem de estágios iniciais em direção a estágios mais avançados a partir do abandono da terra, (2) o conjunto das características dos fragmentos/stands e as de integridade da paisagem definem a intensidade/velocidade da degeneração, mas também o potencial/velocidade de regeneração, e (3) na escala da paisagem, fragmentos e stands tendem a convergir do ponto de vista de estrutura, de composição taxonômica e funcional. Portanto, fragmentos e stands tendem a compor uma ‘comunidade clímax’, que é determinada tanto por atributos dos fragmentos/stands quanto da paisagem. Olhar as florestas secundárias no contexto conceitual, ecológico e espacial das paisagens antrópicas pode nos auxiliar a entender e maximizar os serviços de conservação prestados por este tipo de habitat.

Publicado
2012-12-21
Como Citar
Tabarelli, M., Santos, B., Arroyo-Rodríguez, V., & de Melo, F. (2012). Florestas secundárias como repositórios de biodiversidade em paisagens antrópicas: evidências dos neotrópicos. Boletim Do Museu Paraense Emílio Goeldi - Ciências Naturais, 7(3), 319-328. https://doi.org/10.46357/bcnaturais.v7i3.593