Os anfíbios do Pará, Brasil

  • Gisele Ferreira Cassundé Universidade Federal do Pará. Programa de Pós-Graduação em Zoologia. Belém, Pará, Brasil https://orcid.org/0000-0001-5355-0901
  • Marcelo José Sturaro Universidade Federal de São Paulo. Departamento de Ecologia e Biologia Evolutiva. Diadema, São Paulo, Brasil https://orcid.org/0000-0002-3157-2488
  • Adriano Oliveira Maciel Museu Paraense Emílio Goeldi/MCTI. Coordenação de Zoologia. Programa de Capacitação Institucional. Belém, Pará, Brasil https://orcid.org/0000-0001-5901-1896
  • Ana Lúcia da Costa Prudente Museu Paraense Emílio Goeldi. Museu Paraense Emílio Goeldi/MCTI. Coordenação de Zoologia. Belém, Pará, Brasilde Zoologia. Belém, Pará, Brasil https://orcid.org/0000-0002-4164-6815
  • João Fabrício Melo Sarmento Museu Paraense Emílio Goeldi/MCTI. Coordenação de Zoologia. Belém, Pará, Brasil https://orcid.org/0000-0003-3564-5004
  • Pedro Peloso Universidade Federal do Pará / Museu Paraense Emílio Goeldi/MCTI https://orcid.org/0000-0003-0127-8293
DOI: https://doi.org/10.46357/bcnaturais.v17i2.782
Palavras-chave: Lissamphibia, Amazônia, Lista de espécies, Herpetologia

Resumo

O Pará é o segundo maior estado do Brasil, com todo o seu território dentro da floresta amazônica. O estado possui grande variedade de habitats e bio-regiões e tem, portanto, potencial para ser um dos maiores depositários da biodiversidade de anfíbios da América do Sul. Na corrida para descobrir essa diversidade e fornecer subsídios para pesquisas futuras, compilamos a primeira lista de espécies de anfíbios do Pará, com base na identificação de espécimes depositados em coleções científicas e análise da literatura primária. Registramos 195 espécies de anfíbios, das quais 30 são endêmicas do estado e cinco representaram novos registros de ocorrência. Apesar de seu extenso território, elevado número de espécies endêmicas e níveis muito intensos de desmatamento, apenas cinco espécies são oficialmente consideradas ameaçadas de extinção. Discutimos as razões pelas quais tão poucas espécies estão ameaçadas e as razões pelas quais esse número provavelmente aumentará em breve. Também discutimos questões relacionadas à taxonomia, como, por exemplo, a ocorrência de várias espécies não nomeadas no Pará. Por fim, destacamos algumas oportunidades e desafios para futuras áreas de pesquisa com diversidade e taxonomia de anfíbios no estado do Pará.

Biografia do Autor

Gisele Ferreira Cassundé, Universidade Federal do Pará. Programa de Pós-Graduação em Zoologia. Belém, Pará, Brasil

Licenciada em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Pará (UFPA); Mestre em Biodiversidade e Evolução (PPGBE) pelo Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), com ênfase em Evolução e Sistemática de Organismos; Doutorando em Zoologia pela Universidade federal do Pará em parceria com Museu Paraense Emílio Goeldi. Está interessada em diversas áreas do conhecimento como, biodiversidade, conservação, zoologia, genética. Tem dedicado seus estudos sobre a diversidade de anfíbios amazônicos nas mais variadas formas como, taxonomia e filogeografia.

Marcelo José Sturaro, Universidade Federal de São Paulo. Departamento de Ecologia e Biologia Evolutiva. Diadema, São Paulo, Brasil

Bacharel em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Alfenas (2007), mestre (2009) e doutor (2015) pelo Programa de Pós-Graduação em Zoologia da Universidade Federal do Pará e Museu Paraense Emílio Goeldi (PPGZOOL UFPA-MPEG). Durante o doutorado, realizou o doutorado-sanduíche dentro do Programa Ciência sem Fronteiras do CNPq na University of Michigan, no Departamento de Ecologia e Biologia Evolutiva (Ecology and Evolutionary Biology). Atualmente é professor Adjunto da Univesidade Federal de São Paulo, campus Diadema, docente permanente do Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Evolução, e docente colaborador do Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade e Evolução do Museu Paraense Emílio Goeldi. Suas pesquisas focam principalmente história natural, conservação, sistemática e biogeografia de répteis e anfíbios neotropicais.

Adriano Oliveira Maciel, Museu Paraense Emílio Goeldi/MCTI. Coordenação de Zoologia. Programa de Capacitação Institucional. Belém, Pará, Brasil

Tem graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Maranhão (2006), mestrado em Zoologia pelo Museu Paraense Emílio Goeldi/UFPA (2009) e doutorado em Zoologia, também pelo Museu Paraense Emílio Goeldi/UFPA (2016). Especialista em sistemática e evolução dos anfíbios da ordem Gymnophiona. Tem experiência na área de Zoologia, com ênfase em Herpetologia, atuando nos seguintes temas: levantamentos de herpetofauna, biologia de répteis e anfíbios. Atualmente é bolsista do Programa de Capacitação Institucional DB MCTIC / Museu Paraense Emílio Goeldi.

Ana Lúcia da Costa Prudente, Museu Paraense Emílio Goeldi. Museu Paraense Emílio Goeldi/MCTI. Coordenação de Zoologia. Belém, Pará, Brasilde Zoologia. Belém, Pará, Brasil

Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Uberlândia (1989), mestrado em Biociênciapela PUC - RS (1993), doutorado em Zoologia pela UFPR (1998) e pós-doutorado pela Universidade de São Paulo (2002). Atualmente é pesquisador TITULAR do Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), e atua como professora orientadora do Curso de pós-graduação em Zoologia (PPGZOOL), em convênio com a Universidade Federal do Pará (UFPA) e no programa em Biodiversidade e Evolução (PPGBE) do MPEG. Possui bolsa de produtividade do CNPq. Tem experiência na área de Zoologia, com ênfase em Sistemática, Taxonomia e Biogeografia de Répteis, atuando principalmente nos seguintes temas: Serpentes, Amazônia, Morfologia, Sistemática e Biologia. Foi Coordenadora do Projeto PT1 da REDE Amazônia CTPETRO, desde 2004. Vice-Coordenadora do PPGZOOL (mestrado e Doutorado) MPEG/UFPA de junho de 2008 a junho de 2010. Coordendora PPGZOOL no período 2010-2012. Chefe da Coordenação de Zoologia do MPEG 2015-2018. Vice-coordenadora de Pesquisa e Pós-Graduação do MPEG 2016-2018. Curadora da coleção herpetológica do Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG) desde 2000. Vice-Coordenadora do Programa de Pós-graduação em Zoologia UFPA/MPEG, gestão 2020-2022. Mãe de dois filhos de 15 e 18 anos.

João Fabrício Melo Sarmento, Museu Paraense Emílio Goeldi/MCTI. Coordenação de Zoologia. Belém, Pará, Brasil

Possui graduação em Bacharelado em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Pará (2004) e mestrado em Programa de Pós Graduação em zoologia - Museu Paraense Emílio Goeldi (2008). Atualmente é tecnico - Museu Paraense Emílio Goeldi. Tem experiência na área de Zoologia, com ênfase em Herpetologia, atuando principalmente no seguinte tema: anfíbios.

Pedro Peloso, Universidade Federal do Pará / Museu Paraense Emílio Goeldi/MCTI

Biólogo especializado no estudo da biodiversidade das florestas tropicais --//-- Professor no curso de Pós-GRaduação em Zoologia da Universidade Federal do Para --/-- Experiência na áreas de Biologia Comparada e Zoologia, com ênfase em Sistemática (Taxonomia e Filogenética), Biogeografia, e História Natural de vertebrados (foco em anfíbios e répteis) -- Experiência em consultoria ambiental voltada para o levantamento e monitoramento de Fauna (herpetofauna) --//-- Explorador da National Geographic (NatGeo Explorer) desde 2016 --//-- Pesquisador associado do American Museum of Natural History --//-- Fotógrafo de natureza e vida selvagem --//-- Bacherel em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Espírito Santo; Mestre em Zoologia pelo convênio Museu Paraense Emílio Goeldi e Universidade Federal do Pará; doutor em Biologia Comparada pelo American Museum of Natural History --//-- Pai da Lia e do Davi --//-- Conservacionista e contador de estórias da natureza --//-- Idealizador e diretor do Projeto DoTS. INTERESSES GERAIS: Biodiversidade - Inferência Filogenética (Teoria e Prática) - Biogeografia - Filosofia da Ciência - Sistemática e Taxonomia - Coleções Zoológicas - Trabalho de Campo - Evolução de Vertebrados (Anfíbios e Répteis) - Genômica - Conservação - Amazônia - Comunicação Científica - Fotografia da Conservação

Publicado
2022-09-15
Como Citar
Cassundé, G., Sturaro, M., Maciel, A., Prudente, A., Sarmento, J., & Peloso, P. (2022). Os anfíbios do Pará, Brasil. Boletim Do Museu Paraense Emílio Goeldi - Ciências Naturais, 17(2), 445-473. https://doi.org/10.46357/bcnaturais.v17i2.782
Edição
v. 17 n. 2 (2022): Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi. Ciências Naturais.
Seção
Artigos Científicos

Copyright (c) 2022 Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi - Ciências Naturais

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