Uma coleção geológica distinta: a Litoteca IGc/USP e seus processos museológicos

  • Jéssica Tarine Moitinho de Lima Universidade Federal do Pará. Instituto de Ciências da Arte. Belém, Pará, Brasil https://orcid.org/0000-0002-2481-1225
  • Camila Hoshino Sborja Universidade de São Paulo. Museu de Geociências. Instituto de Geociências. São Paulo, São Paulo, Brasil https://orcid.org/0000-0002-3583-5855
Palavras-chave: Documentação, Divulgação científica, Patrimônio geológico, Museologia

Resumo

As coleções de ciência e tecnologia estão relacionadas aos saberes científico e tecnológico fabricados pela sociedade em todas as áreas do conhecimento. Referem-se à memória e à pratica dos profissionais em espaços de produção deste conhecimento, à dinâmica científica, ao desenvolvimento tecnológico e ao ensino. As coleções geológicas, como parte das coleções de ciência e tecnologia, são testemunhos do processo científico, originárias em sua maioria em ambiente acadêmico. Este patrimônio é comumente encontrado dentro das universidades brasileiras, sendo aqui analisado por meio do estudo de caso das práticas da Litoteca IGc/USP, um laboratório pertencente ao Museu de Geociências, do Instituto de Geociências, da Universidade de São Paulo (IGc/USP). O ciclo de vida deste patrimônio é intrínseco a diversas ações de curadoria e gestão que envolvem desde o processo de tomada de decisão até as ações mais corriqueiras de lastreamento, identificação e tratamento de informação. O objetivo deste artigo é demonstrar o processo do bem litológico incorporado a uma coleção ex-situ, valorado e então reconhecido como documento museológico. O resultado desse processamento está conectado às atividades de divulgação científica que atestam o pertencimento do bem a uma coleção, reforçando seus vínculos e sua função social.

Biografia do Autor

Jéssica Tarine Moitinho de Lima, Universidade Federal do Pará. Instituto de Ciências da Arte. Belém, Pará, Brasil

Doutora em Ciências pelo Programa de Pós-Graduação Geologia na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), pesquisou sobre Políticas de preservação de acervos de ciência e tecnologia, aplicados especificadamente à acervos de Geologia e Paleontologia. É Mestre em Preservação de Acervos Científico pelo Museu de Astronomia e Ciências Afins (MAST), onde pesquisou sobre a aplicação de procedimentos analíticos (arqueometria) e sua relação com a preservação do patrimônio de Ciência e Tecnologia em metal. É graduada em Museologia pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), com trabalho final de curso sobre a Conservação de Materiais não convencionais á tradição artística presente nos Acervos Contemporâneos. Atua profissionalmente como Museóloga da Diretoria de Patrimônio Histórico e Cultural do Exército Brasileiro (DPHCEx). Tem experiência na área de Museologia, com ênfase em gestão de coleções. Atua principalmente nos seguintes temas: gestão museológica, preservação de acervos, curadoria de coleções científicas, montagem e manutenção de exposição.

Camila Hoshino Sborja, Universidade de São Paulo. Museu de Geociências. Instituto de Geociências. São Paulo, São Paulo, Brasil

Trabalha na Universidade de São Paulo desde 2005. Com experiência nas áreas administrativa, financeira e acadêmica, atualmente administra a Litoteca do Instituto de Geociências, vinculada ao Museu de Geociências. Graduada em Geografia pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, licenciada em Geografia pela Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo, atua na área de geociências e museologia.

Publicado
2022-09-15
Como Citar
Lima, J., & Sborja, C. (2022). Uma coleção geológica distinta: a Litoteca IGc/USP e seus processos museológicos. Boletim Do Museu Paraense Emílio Goeldi - Ciências Naturais, 17(2), 491-508. https://doi.org/10.46357/bcnaturais.v17i2.799