Crescimento de árvores e microclima em clareira florestal na Amazônia Central

Authors

DOI:

https://doi.org/10.46357/bcnaturais.v1i2.742

Keywords:

Amazônia central, Clareira natural, Parâmetro de vaso, Balanço de radiação, Microclima

Abstract

O inventário florestal, a observação macroscópia do cerne das árvores e a observação meteorológica foram feitos na floresta primária de Terra Firme, no município de Novo Aripuaña, Amazonas. Nas parcelas de 1,9 ha, encontraram-se 210 espécies florestais pertencente a 38 famílias. A biomassa aérea foi estimada como 202.72 t/ha a partir do resultado do inventário, que são valores típicos da floresta amazônica. A alta freqüência das espécies de sucessão primária, como Iryanthera ssp. (Miristicaceae), Croton sp. (Euphorbiaceae) e palmeiras (Arecaceae), permite considerar que a floresta local sofre a com alta densidade de clareiras naturais. A relação entre a altura das árvores e a percentagem de área de vaso no corte transversal das árvores no período de 2001 e 2002 mostrou coeficiente de correlação positiva. O alongamento do diâmetro de vasos melhorou a eficiência de absorção de água contra gravidade, no entanto, isso pode diminuir a resistência física do indivíduo. A observação meteorológica mostrou que a radiação de onda curta diurna, no sentido do solo ao dossel da floresta, é cerca de dez vezes maior do que ao nível do solo da floresta fechada, tendo valor de radiação liquida de 600 w/m2 e 30 w/m2, respectivamente. O balanço da radiação dentro da clareira é parecido ao do dossel da floresta. Porém, a clareira possui alta variação de temperatura, que caracteriza grande diferença de temperatura entre dia e noite (12 a 13 oC), o que causa o esfriamento durante a noite. Com isso a temperatura atinge ponto de orvalho (27-28 oC) e resulta condensação de 5-7 g/m3, que é aproximadamente valor dublo no caso da floresta fechada.

Published

03/31/2006

How to Cite

Tsuchiya, A., Tanaka, A., Higuchi, N., & Lisboa, P. B. (2006). Crescimento de árvores e microclima em clareira florestal na Amazônia Central. Boletim Do Museu Paraense Emílio Goeldi - Ciências Naturais, 1(2), 47-63. https://doi.org/10.46357/bcnaturais.v1i2.742