Mineralogia e composição química de artefatos líticos para caracterização de material e de proveniência em sítios arqueológicos do Salobo, Carajás, Pará, Brasil
DOI:
https://doi.org/10.46357/bcnaturais.v12i3.379Palavras-chave:
Contas, Pingentes, Caulim, Calinita, FlorencitaResumo
A Província Mineral de Carajás abriga vários sítios arqueológicos com inúmeros artefatos líticos elaborados em diversos materiais. Estudamos a morfologia, a mineralogia e a química de artefatos líticos resgatados em sítios arqueológicos na área de impacto da mina de cobre/ouro do Salobo, na Província de Carajás. Os resultados obtidos por DRX, FRX e MEV/EDS demostram que a matéria-prima empregada na confecção dos artefatos líticos foi um caulim semiduro, constituído de caulinita, quartzo criptocristalino, florencita, sericita e hematita. Isso sugere que os artefatos tiveram uma mesma fonte de matéria-prima e que possivelmente havia preferência por esta. Adicionalmente, a dureza dessa matéria-prima provavelmente permitiu que os artefatos fossem mais facilmente elaborados. Os resultados mineralógicos e químicos, combinados com as características da morfologia dos artefatos, indicam relações intrassítios arqueológicos. Material equivalente ao utilizado na confecção dos líticos foi encontrado nas minas de ametista de Alto Bonito, a 40 km dos sítios investigados. Este local foi, então, considerado como área-fonte da matéria-prima empregada para a confecção dos artefatos. Finalmente, esta indicação é reforçada pela associação com lascas de quartzo hialino e ametista, também abundantes e associadas ao caulim semiduro presente nas minas de Alto Bonito.
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