Walking through the flower fields: the role of time and space on the evolution of pollination strategies
Palavras-chave:
TeseResumo
Os padrões encontrados em ecologia são resultado de processos contemporâneos interagindo com uma longa história de contingência. No entanto, poucos estudos têm buscado entender o papel relativo de fatores contemporâneos e pretéritos sobre padrões reprodutivos de plantas. No decorrer dessa tese, foram consideradas essas duas dimensões (temporal e espacial) em estudos sobre polinização. A amplitude do estudo em relação ao tempo foi de horas até milênios, da mesma forma que para o espaço, para o qual se considerou desde metros até variações entre diferentes continentes na escala planetária.
Os capítulos estão organizados em uma escala crescente de tempo e espaço. No primeiro capítulo, foi considerada a variação fina de horas e metros no estudo sobre a polinização de algumas espécies de Davilla; nesse capítulo também são apresentados outros aspectos da história natural na família Dilleniaceae e uma abordagem filogenética para a evolução de algumas características florais. No capítulo 2, ao longo de vários anos, foi verificada a habilidade de visitantes florais depositarem pólen, sua frequência e a importância de cada grupo de visitante nas flores de Knautia arvensis nesse período. O capítulo 3 demonstra variações no espaço, tanto na morfologia floral e foliar como no crescimento do tubo polínico em diferentes testes de polinização,
utilizando Curatella americana com populações distribuídas no Cerrado brasileiro. No capítulo 4 é apresentada a variação espacial no sistema reprodutivo e a relação dos polinizadores com o nível de polinização cruzada e do passado climático com o nível de autopolinização espontânea, também tratando de C. americana. Para finalizar o capítulo 5, o estudo considera 50 inventários distribuídos ao redor do planeta, categorizando as plantas em anemófilas ou zoófilas, e demonstra o papel da precipitação (presente e passada) e da riqueza de espécies vegetais na prevalência de cada um dos modos de polinização. Como
conclusão geral, fica clara a importância de se considerar as dimensões temporal e espacial nas interações entre plantas e polinizadores, a fim de entender como essas evoluem e como impactam na evolução da morfologia floral e nos sistemas de polinização.
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