Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi - Ciências Naturais https://boletimcn.museu-goeldi.br/bcnaturais <p>O&nbsp;<strong>Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi</strong>&nbsp;é um dos periódicos cientificos mais antigos do Brasil. Criado por Emílio Goeldi sob o nome original de&nbsp;<strong>Boletim do Museu Paraense de História Natural e Ethnographia</strong>, sua primeira edição data de 1894. Atualmente, é publicado três vezes ao ano, em duas versões, Ciências Naturais e Ciências Humanas.<br>O&nbsp;<strong>Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi. Ciências Naturais</strong>&nbsp;(ISSN 2317-6237) possui, como principal missão, publicar trabalhos originais nas áreas de Biologia (Zoologia, Botânica, Biogeografia, Ecologia, Taxonomia, Anatomia, Biodiversidade, Vegetação, Conservação da Natureza) e Geologia.&nbsp;<br><span id="result_box">Esta é uma revista de acesso aberto, o que significa que todo o conteúdo está disponível gratuitamente, sem custo para o usuário ou instituição.</span></p> Editora pt-BR Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi - Ciências Naturais 1981-8114 <p>A publicação implica cessão integral dos direitos autorais do trabalho à revista. A declaração para a cessão de direitos autorais é enviada<br>juntamente com a notificação de aceite do artigo. Deve ser devolvida assinada via e-mail. Todos os autores devem assinar uma declaração.</p> Carta do editor https://boletimcn.museu-goeldi.br/bcnaturais/article/view/1031 <p>Carta do editor</p> Fernando da Silva Carvalho Filho ##submission.copyrightStatement## http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-09-02 2024-09-02 19 2 Orchidaceae do campus Dom Delgado, Universidade Federal do Maranhão, São Luís (MA) https://boletimcn.museu-goeldi.br/bcnaturais/article/view/931 <p>Os levantamentos florísticos, realizados em vários <em>campi</em> universitários no Brasil, geralmente são focados em espécies arbóreas ou arbustivas, com pouca ou nenhuma citação para Orchidaceae. O objetivo desta pesquisa foi estudar as Orchidaceae ocorrentes na Universidade Federal do Maranhão (UFMA), <em>campus</em> Dom Delgado, São Luís, Maranhão, incluindo informações sobre seus hábitos, época de floração, principais forófitos, além de pranchas fotográficas, chave de identificação, descrições morfológicas e mapa de localização das espécies. As coletas foram realizadas mensalmente, de julho de 2019 a novembro de 2022. Foram identificadas 13 espécies de Orchidaceae, sendo nove holoepífitas (69%), três terrícolas (23%) e uma hemiepífita (8%). Os dados evidenciam a importância da existência desses pequenos fragmentos florestais urbanos para a preservação da biodiversidade local.</p> Kedma Nunes Santos Miguel Sena Oliveira Jaireslane Ferreira Ribeiro Jens Martin Cutrim Knauf Maycon Jordan Costa da Silva Wagner Ribeiro da Silva Junior Lucas Cardoso Marinho Alessandro Wagner Coelho Ferreira ##submission.copyrightStatement## http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-09-02 2024-09-02 19 2 10.46357/bcnaturais.v19i2.931 A importância do Parque Nacional da Tijuca, Rio de Janeiro, para a conservação de Euphorbiaceae no Brasil https://boletimcn.museu-goeldi.br/bcnaturais/article/view/906 <p>A flora do Brasil é a mais rica do mundo, sendo que Euphorbiaceae está entre as dez famílias mais diversas. Para o conhecimento desta expressiva diversidade, as coleções de herbários são os principais repositórios que detêm esta informação, enquanto a conservação da flora está diretamente relacionada à proteção das espécies in situ, e as unidades de conservação desempenham este papel de forma efetiva. Com base em coletas de campo e estudo das coleções herborizadas, foi realizado o levantamento dos táxons de Euphorbiaceae ocorrentes no Parque Nacional da Tijuca, situado na região metropolitana da cidade do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil. Neste estudo, registramos para o Parque Nacional da Tijuca o segundo maior número de táxons de Euphorbiaceae já documentado em unidades de conservação brasileiras, onde foram registrados 385 espécimes, que representam 54 espécies e 28 gêneros da família. Além disso, os táxons documentados no Parque Nacional da Tijuca representam 42% dos gêneros de Euphorbiaceae que ocorrem no Brasil e 74% dos gêneros que ocorrem no estado do Rio de Janeiro. Das espécies registradas no Parque Nacional da Tijuca, 52% são endêmicas do Brasil, 40% são endêmicas da Mata Atlântica e 4% são endêmicas do estado.Resumo: A flora do Brasil é a mais rica do mundo, sendo que Euphorbiaceae está entre as dez famílias mais diversas. Para o conhecimento desta expressiva diversidade, as coleções de herbários são os principais repositórios que detêm esta informação, enquanto a conservação da flora está diretamente relacionada à proteção das espécies in situ, e as unidades de conservação desempenham este papel de forma efetiva. Com base em coletas de campo e estudo das coleções herborizadas, foi realizado o levantamento dos táxons de Euphorbiaceae ocorrentes no Parque Nacional da Tijuca, situado na região metropolitana da cidade do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil. Neste estudo, registramos para o Parque Nacional da Tijuca o segundo maior número de táxons de Euphorbiaceae já documentado em unidades de conservação brasileiras, onde foram registrados 385 espécimes, que representam 54 espécies e 28 gêneros da família. Além disso, os táxons documentados no Parque Nacional da Tijuca representam 42% dos gêneros de Euphorbiaceae que ocorrem no Brasil e 74% dos gêneros que ocorrem no estado do Rio de Janeiro. Das espécies registradas no Parque Nacional da Tijuca, 52% são endêmicas do Brasil, 40% são endêmicas da Mata Atlântica e 4% são endêmicas do estado.</p> Josimar Kulkamp Vanessa Lino Ronaldo Marquete João R. V. Iganci ##submission.copyrightStatement## http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-09-02 2024-09-02 19 2 10.46357/bcnaturais.v19i2.906 Caracterização pedológica e estoques de carbono em solos da formação geológica Solimões, Amazônia sul-ocidental https://boletimcn.museu-goeldi.br/bcnaturais/article/view/816 <p>Objetivou-se realizar a caracterização de atributos e a classificação taxonômica, bem como estimar os estoques de carbono de solos sob domínio da formação Solimões, no município de Marechal Thaumaturgo, Acre. Foram descritos nove perfis de solos e coletadas amostras de horizontes pedogenéticos superficiais e subsuperficiais para fins de análises físico-químicas. A classificação taxonômica foi realizada conforme o Sistema Brasileiro de Classificação de Solos. Entre os solos classificados, destacam-se os Vertissolos Háplicos, Cambissolos Háplicos e Neossolos Flúvicos. Dentre os atributos morfológicos, ressaltam-se as cores escuras nos horizontes superficiais, com predominância do matiz 7,5 YR; valores oscilando entre 3 e 5; e croma de 1 a 2. As bases trocáveis, em geral, mostraram-se elevadas, com destaque aos teores de Ca<sup>+2</sup> (2,0 cmol<sub>c</sub>.dm<sup>-3</sup> a 38,0 cmolc.dm<sup>-3</sup>) e de Mg<sup>2+</sup> (0,90 cmol<sub>c</sub>.dm<sup>-3</sup> a 10,7 cmol<sub>c</sub>.dm<sup>-3</sup>), respectivamente. O caráter eutrófico determinado está associado à natureza do material de origem e à pouca atuação da pedogênese. Os estoques de carbono variaram de 27,7 Mg.ha<sup>-1</sup> a 69,7 Mg.ha<sup>-1</sup>. A ocorrência de solos com argila de atividade alta (solos Ta), a fração argila em maiores proporções, bem como solos eutróficos e com restrição de drenagem contribuíram para maior estocagem de carbono no solo em relação a outros estados da Amazônia.</p> Jessé de França Silva Edson Alves de Araújo Willian Carlos de Lima Moreira Vitória Filgueira José Genivaldo do Vale Moreira ##submission.copyrightStatement## http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-09-02 2024-09-02 19 2 10.46357/bcnaturais.v19i2.816 First record of predation on Cyclodontina maranguapensis (Baker, 1913) (Mollusca: Odontostomidae) by the cloudy snail-eating Sibon nebulatus (Linnaeus, 1758) (Squamata: Dipsadidae) in Northeast Brazil https://boletimcn.museu-goeldi.br/bcnaturais/article/view/942 <p><em>Sibon nebulatus</em> (Linnaeus, 1758) é uma espécie de serpente neotropical arbórea e noturna, encontrada em uma variedade de <em>habitats</em>. É classificada como uma espécie ‘comedora-de-lesmas’, alimentando-se principalmente de moluscos. Neste estudo, documentamos o primeiro registro de <em>S. nebulatus</em> predando o caracol pulmonado <em>Cyclodontina maranguapensis</em> (Baker, 1913). A observação ocorreu durante trabalhos de campo no município de Aratuba, localizado na região do Maciço de Baturité, estado do Ceará, Brasil.</p> Tatiana Feitosa Quirino Inessa Maia Neumam Átilas Rodrigues de Sousa Sthefane d’Ávila de Oliveira e Paula ##submission.copyrightStatement## http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-09-02 2024-09-02 19 2 10.46357/bcnaturais.v19i2.942 Predação de Bothrops atrox (Squamata: Viperidae) por Drymarchon corais (Squamata: Colubridae) na região oeste do Pará, Amazônia central https://boletimcn.museu-goeldi.br/bcnaturais/article/view/984 <p>Esta nota fornece informações sobre a ecologia alimentar da serpente <em>Drymarchon corais</em> a partir do primeiro registro de predação de<em> Bothrops atrox</em> ocorrido na Amazônia brasileira. <em>Drymarchon corais</em> é uma serpente generalista, com hábito arbóreo e terrestre, sendo amplamente distribuída pelas regiões norte, nordeste e central do Brasil.<em> Bothrops atrox</em> é uma serpente generalista, terrestre e adaptada a diversos tipos de habitats pelo bioma amazônico. Em um trecho de área antrópica (pastagem) na borda de uma área de mata ombrófila no município de Alenquer, estado do Pará, um espécime de <em>D. corais</em>, com aproximadamente 190 cm de comprimento, foi observado predando um espécime adulto de <em>B. atrox</em>, que possuía aproximadamente 70 cm de comprimento. Esta é a primeira descrição do evento de predação envolvendo<em> D. corais</em> e uma espécie de Bothrops em ambiente natural. Este registro amplia o conhecimento sobre as interações predatórias de D. corais e salienta a necessidade de estudos futuros que possam contribuir com a compreensão de adaptações evolutivas de serpentes ofiófagas frente a serpentes peçonhentas na Amazônia brasileira.</p> Antonio Samuel Garcia-da-Silva Alexandre Gazel Soares Filho ##submission.copyrightStatement## http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-09-02 2024-09-02 19 2 10.46357/bcnaturais.v19i2.984 Predação de Tretioscincus agilis (Squamata: Scincidae) por Oxyrhopus melanogenys (Squamata: Dipsadidae) na região oeste do Pará, Amazônia, Brasil https://boletimcn.museu-goeldi.br/bcnaturais/article/view/964 <p>Esta nota fornece<em> insights</em> sobre a ecologia alimentar da serpente <em>Oxyrhopus melanogenys</em> a partir do primeiro registro de predação do lagarto <em>Tretioscincus agilis</em> na região oeste do Pará. <em>Oxyrhopus melanogenys</em> é uma serpente da família Dipsadidae, conhecida por sua ampla distribuição na Amazônia e por sua dieta generalista. A descrição detalhada da predação<em> in situ</em> contribui para o entendimento das dinâmicas ecológicas entre os répteis na floresta amazônica, destacando a importância dessas interações e as possíveis implicações para a dinâmica populacional desta espécie e da comunidade de répteis.</p> Antonio Samuel Garcia da Silva ##submission.copyrightStatement## http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-09-02 2024-09-02 19 2 10.46357/bcnaturais.v19i2.964 Registro extraterritorial do chorozinho-de-bico-comprido Herpsilochmus longirostris Pelzeln, 1868 (Aves: Thamnophilidae) no estado de São Paulo, Sudeste do Brasil https://boletimcn.museu-goeldi.br/bcnaturais/article/view/957 <p>O chorozinho-de-bico-comprido <em>Herpsilochmus longirostris</em> é uma espécie de ave florestal insetívora que de vive em ambientes secos da Bolívia e Brasil, região central da América do Sul. Um indivíduo vagante foi encontrado a cerca de 200 km de distância a leste da sua área natural de ocorrência, no litoral do estado de São Paulo, sudeste do Brasil, indicando uma alta capacidade de dispersão para uma espécie pequena e tipicamente florestal.</p> Carlos Eduardo Quaresma Jessica dos Santos Fabio Schunck ##submission.copyrightStatement## http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-09-02 2024-09-02 19 2 10.46357/bcnaturais.v19i2.957 Nesting of Pachyramphus cf. polychopterus (Passeriformes: Tityridae) associated with Polybia fastidiosuscula de Saussure, 1854 (Hymenoptera: Vespidae) in an anthropized area of Atlantic Forest, southeastern Brazil https://boletimcn.museu-goeldi.br/bcnaturais/article/view/970 <p>The nesting of birds associated with social wasps is well reported among different species, but there are few records of this interaction for the species <em>Pachyramphus polychopterus</em> (Tityridae). Therefore, the aim of our study was to report on the nesting of <em>Pachyramphus</em> cf. <em>polychopterus</em> with the social wasp <em>Polybia fastidiosuscula</em> de Saussure, 1854, in southeastern Brazil. According to previous studies and considering the distribution of both species, it is likely that the nesting of this bird associated with social wasp colonies is not occasional and isolated. However, further studies are still needed for a better understanding of the promoting and regulating factors, as well as to measure the supposed protection offered by the vespid wasps.</p> Marcos Magalhães de Souza Aloysio Souza de Moura Glauco Cássio de Sousa Oliveira ##submission.copyrightStatement## http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-09-02 2024-09-02 19 2 10.46357/bcnaturais.v19i2.970 Morfologia e identificação do maracujá suspiro-pintado do vale do Juruá, Amazônia, como Passiflora ambigua e os primeiros relatos sobre sua germinação https://boletimcn.museu-goeldi.br/bcnaturais/article/view/786 <p>O gênero<em> Passiflora</em> possui grande número de espécies, algumas em pleno processo de domesticação, com potencial para uso alimentar, ornamental e/ou medicinal. O objetivo deste estudo foi descrever e identificar a flor da paixão ‘suspiro-pintado’ do vale do Juruá, Acre, Brasil. No estudo, 87 descritores morfológicos foram usados ​e fotos detalhadas foram apresentadas. A espécie foi identificada como<em> P. ambigua</em>. Três locais de incidência natural também foram descritos. Adicionalmente, os testes de superação de dormência foram avaliados em dois ensaios de germinação: um com frutos armazenados e outro com frutos recém-colhidos. Naturalmente, a espécie é encontrada trepando em árvores e em palmeiras, e os moradores da floresta coletam seus frutos<em> in natura</em> para consumo e comercialização por pequenos agricultores em mercados locais. As frutas têm um sabor peculiar. As flores destacam-se pela beleza, com coloração branca das pétalas e branca e roxa das sépalas, apresentando odor aromático marcante. A germinação foi baixa, com valores inferiores a 32% nos tratamentos com escarificação mecânica. Embora seja uma espécie pouco estudada e carente de informações, tem potencial para ser explorada economicamente, principalmente pelas características promissoras de seus frutos e flores e por sua adaptação ao alagamento.</p> Eduardo P. L. Mattar Hamilton C. dos Santos Junior Daniel A. V. Montero Alcimone Maria da C. e Silva Aparecida L. da Silva Paulo C. Hilst José N. F. de Freitas Carlos Eduardo M. dos Santos ##submission.copyrightStatement## http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-09-02 2024-09-02 19 2 10.46357/bcnaturais.v19i2.786