Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi - Ciências Naturais https://boletimcn.museu-goeldi.br/bcnaturais <p>O&nbsp;<strong>Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi</strong>&nbsp;é um dos periódicos cientificos mais antigos do Brasil. Criado por Emílio Goeldi sob o nome original de&nbsp;<strong>Boletim do Museu Paraense de História Natural e Ethnographia</strong>, sua primeira edição data de 1894. Atualmente, é publicado três vezes ao ano, em duas versões, Ciências Naturais e Ciências Humanas.<br>O&nbsp;<strong>Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi. Ciências Naturais</strong>&nbsp;(ISSN 2317-6237) possui, como principal missão, publicar trabalhos originais nas áreas de Biologia (Zoologia, Botânica, Biogeografia, Ecologia, Taxonomia, Anatomia, Biodiversidade, Vegetação, Conservação da Natureza) e Geologia.&nbsp;<br><span id="result_box">Esta é uma revista de acesso aberto, o que significa que todo o conteúdo está disponível gratuitamente, sem custo para o usuário ou instituição.</span></p> Editora pt-BR Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi - Ciências Naturais 1981-8114 <p>A publicação implica cessão integral dos direitos autorais do trabalho à revista. A declaração para a cessão de direitos autorais é enviada<br>juntamente com a notificação de aceite do artigo. Deve ser devolvida assinada via e-mail. Todos os autores devem assinar uma declaração.</p> Carta dos editores https://boletimcn.museu-goeldi.br/bcnaturais/article/view/1049 <p>Carta do editor</p> Alexandre Bragio Bonaldo Cláudia Xavier Leonardo Sousa Carvalho Fernando Fernando da Silva Carvalho-Filho ##submission.copyrightStatement## http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2025-01-02 2025-01-02 19 3 1 2 Uma nova espécie de Plesiopelma do Uruguai (Araneae, Theraphosidae, Theraphosinae) https://boletimcn.museu-goeldi.br/bcnaturais/article/view/1001 <p>Descrevemos e ilustramos uma nova espécie de tarântula do gênero Plesiopelma de Lavalleja e Maldonado, Uruguai. <em>Plesiopelma arevaloae</em> sp. nov. é distinguida de outras espécies conhecidas por caracteres morfológicos e evidências moleculares.</p> Victoria Arias Maite Hilario Nelson Ferretti Fernando Pérez-Miles ##submission.copyrightStatement## http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-11-13 2024-11-13 19 3 10.46357/bcnaturais.v19i3.1001 Novos dados sobre algumas espécies de Heteropoda do sudeste asiático sobre a biologia, a área de distribuição e a ressurreição de um novo grupo de espécies (Sparassidae: Heteropodinae) https://boletimcn.museu-goeldi.br/bcnaturais/article/view/1041 <p>Oito espécies do gênero de aranhas caçadoras <em>Heteropoda</em> Latreille, 1804 são reconhecidas como novas para a ciência e descritas como <em>Heteropoda bufocorniculans</em> spec. nov. (Sabah, Sarawak; fêmea), <em>H. sederhana</em> spec. nov. (Java; fêmea), <em>H. temburong</em> spec. nov. (Brunei, Sabah, Sarawak; macho, fêmea), <em>H. trifurcata</em> spec. nov. (Pahang, Malásia; macho, fêmea), <em>H. tutula</em> spec. nov. (Cingapura; fêmea),<em> H. tympanum</em> spec. nov. (Penang, Malásia; fêmea), <em>H. ulna</em> spec. nov. (Sumatra, Indonésia; fêmea) e <em>H. uniter</em> spec. nov. (Kalimantan, Indonésia; fêmea). As últimas seis espécies, juntamente com <em>H. ocyalina</em> (Simon, 1887) e <em>H. asa</em> Jäger, 2024, estão incluídas no novo grupo de espécies ocyalina. <em>H. fasciata</em> (Reimoser, 1927) é removido da sinonímia de <em>H. ocyalina</em> (Simon, 1887) e considerado um nomen dubium. O macho de <em>Heteropoda borneensis</em> (Thorell, 1890) é ilustrado pela primeira vez, com macho e fêmea sendo redescritos e apresentados novos dados de distribuição, entre eles os primeiros registros para Brunei, Indonésia (Kalimantan Utara), Malásia (Kuala Lumpur, Sabah) e Cingapura. <em>Heteropoda strandi</em> Jäger, 2002 e H.<em> lunula</em> (Doleschall, 1857) são formalmente documentados pela primeira vez em Cingapura, sendo redescrita a fêmea de <em>H. strandi.</em></p> Peter Jäger Joseph K. H. Koh ##submission.copyrightStatement## http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-12-01 2024-12-01 19 3 1 44 10.46357/bcnaturais.v19i3.1041 Verificação de identidade: documentando os espécimes-tipo de aranhas-lobo malgaxes históricas (Araneae: Lycosidae) https://boletimcn.museu-goeldi.br/bcnaturais/article/view/1043 <p>Este trabalho tem como objetivo digitalizar e disseminar conhecimento sobre espécimes históricos de licosídeos malgaxes, como base para futuros pesquisadores que queiram revisar de forma abrangente esta fauna. Os tipos de <em>Arctosa atroventrosa</em> (Lenz, 1886), <em>Geolycosa nossibeensis</em> (Strand, 1907), <em>Hippasosa fera</em> (Strand, 1907) e<em> Trochosa urbana hova</em> Strand, 1907 foram examinados e documentados, e suas identidades taxonômicas são discutidas aqui. Arctosa atroventrosa é proposto como um nomen dubium. <em>Geolycosa nossibeensis</em> claramente não pertence a <em>Geolycosa</em> Montgomery, 1904 e é transferido para <em>Trochosa</em> C. L. Koch, 1847 como<em> Trochosa nossibeensis</em> comb. nov. Da mesma forma, <em>H. fera</em> é uma espécie válida, mas está mal alocada em <em>Hippasosa Roewer</em>, 1960 e não pertence a este gênero. <em>Trochosa urbana hova</em>, recentemente sinonimizada com a espécie nominal, é confirmada em sua atual posição taxonômica. <em>Lycosa madagascariensis</em> Vinson, 1863 é tratada como uma species inquirenda, pois os tipos não podem ser localizados, mas a menção de localidades específicas em Madagascar pode permitir que futuros pesquisadores designem um neótipo para reconhecer esta espécie. <em>Lycosa signata</em> Lenz, 1886 é tratada como uma espécie válida, embora uma designação de neótipo seja necessária no futuro, pois o holótipo foi destruído como resultado de bombardeios no Museu de Lübeck durante a Segunda Guerra Mundial e sua vulva nunca foi ilustrada anteriormente.</p> Danniella Sherwood Peter Jäger ##submission.copyrightStatement## http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2025-01-02 2025-01-02 19 3 1 10 10.46357/bcnaturais.v19i3.1043 O que é melhor para amostrar aranhas de dossel na floresta amazônica: uma boa árvore ou um bom dossel? https://boletimcn.museu-goeldi.br/bcnaturais/article/view/1003 <p>Apesar de ser um dos maiores biomas neotropicais, a floresta amazônica apresenta um forte viés de amostragem. Grande parte da fauna de aranhas conhecida provém de ambientes de fácil acesso, enquanto a fauna de aranhas do dossel é pouco estudada. A amostragem da fauna de aranhas do dossel usando máquinas de nevoeiro baseia-se em duas abordagens distintas: (1) amostrar o dossel de uma espécie de árvore-alvo (‘uma única espécie’); ou (2) amostrar a fauna de um dossel fechado, com galhos sobrepostos de diferentes espécies de árvores (‘dossel fechado’). Essas abordagens nunca foram comparadas antes. No presente manuscrito, fornecemos evidências de que as amostras de nevoeiro em ambas as abordagens resultam em um número semelhante de aranhas adultas e espécies. No entanto, a composição das espécies difere entre os dois métodos. Os prós e contras de cada abordagem são discutidos e a escolha entre elas deve depender dos objetivos do projeto.</p> Leonardo S. Carvalho Érika L. S. Costa Nancy F. Lo-Man-Hung David F. Candiani Bruno V. B. Rodrigues Sidclay C. Dias Alexandre B. Bonaldo ##submission.copyrightStatement## http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2025-01-02 2025-01-02 19 3 1 20 10.46357/bcnaturais.v19i3.1003 Mating behavior and parental care in the neotropical pseudoscorpion Americhernes bethaniae Mahnert, 1979 (Arachnida: Chernetidae) https://boletimcn.museu-goeldi.br/bcnaturais/article/view/968 <p>Os pseudoescorpiões se reproduzem de forma indireta, por meio da transferência de espermatóforo depositado no substrato. Em Cheliferoidea, os machos realizam um elaborado ritual envolvendo vibrações dos pedipalpos e uma ‘dança’ de acasalamento antes de depositarem o espermatóforo na presença da fêmea. Assim, este estudo investigou o comportamento reprodutivo e o cuidado parental do pseudoescorpião neotropical Americhernes bethaniae, a partir de populações coletadas no Cerrado brasileiro. Os pseudoescorpiões foram coletados em troncos de árvores vivas e acondicionados em laboratório para observações comportamentais. O cortejo em A. bethaniae envolveu um ritual de vibração dos pedipalpos, seguido por oito estágios distintos de reprodução: aproximação, identificação de sexo, fixação, dança, formação de espermatóforo, transferência do espermatóforo e, em seguida, luta ou retomada do processo. As fêmeas construíram seus ninhos de seda e produziram uma bolsa embrionária cerca de 15 dias após o acasalamento. Três dias após a primeira ecdise dos juvenis, a mãe abandonou a câmara de seda. O macho permaneceu junto da fêmea até que ela se selasse no interior no ninho de seda, porém não contribuiu com o cuidado à prole. Este comportamento de guarda pode sugerir uma estratégia para assegurar a paternidade.</p> Thalita Nunes Gonçalvez Alinne Ferreira Silva Tizo Everton Tizo Pedroso ##submission.copyrightStatement## http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2025-01-02 2025-01-02 19 3 1 10 10.46357/bcnaturais.v19i3.968 Caçando o caçador: evidências de predação intraguilda entre pseudoescorpiões arborícolas no cerrado brasileiro https://boletimcn.museu-goeldi.br/bcnaturais/article/view/969 <p>Predação intraguilda é um fenômeno relativamente comum entre aracnídeos, especialmente aqueles da fauna edáfica. Pseudoescorpiões ocorrem no solo, assim como em troncos de árvores e copas, mas há poucas evidências de predação entre espécies de pseudoescorpiões no ambiente natural. Aqui, relatamos interações de predação entre quatro espécies de pseudoescorpiões arborícolas no Cerrado brasileiro. Encontramos duas espécies de<em> Victorwithius</em> (Withiidae) (<em>V. similis</em> e <em>V. rufus</em>) que atacam e se alimentam oportunisticamente de ninfas de <em>Paratemnoides nidificator</em> (Atemnidae), enquanto registramos indivíduos de <em>Parachernes melanopygus</em> (Chernetidae) agindo como parasitas sociais e se alimentando de juvenis nas colônias. Os registros foram feitos em seis regiões diferentes do Cerrado brasileiro e, em todos os casos, <em>P. nidificator</em> atuou como uma presa IG e as outras espécies como predadores IG. Neste sistema, as colônias de <em>Paratemnoides</em> podem representar um recurso alimentar mais previsível para outros pseudoescorpiões, principalmente na estação seca, quando as presas são escassas.</p> Jéssica Silva dos Reis Marcos Henrique André de Deus Alinne Ferreira Silva Tizo Everton Tizo Pedroso ##submission.copyrightStatement## http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2025-01-02 2025-01-02 19 3 1 12 10.46357/bcnaturais.v19i3.969 Distribuição geográfica atualizada da família Barychelidae Simon, 1889 do Brasil (Araneae: Mygalomorphae) https://boletimcn.museu-goeldi.br/bcnaturais/article/view/1009 <p>As aranhas da família Barychelidae, grupo irmão de Theraphosidae, estão principalmente concentradas no Hemisfério Sul. Na região neotropical, Barychelidae é representada por cinco gêneros encontrados em Brasil, Colômbia, Cuba, Equador, Panamá, Peru e Venezuela. Aranhas Barychelidae são conhecidas pelo seu hábito sedentário, passando a maior parte de suas vidas em tocas construídas com um alçapão articulado, feito de seda e solo. Este hábito e a dificuldade de identificar e localizar suas tocas camufladas representam desafios na obtenção de espécimes, mascarando a real diversidade do grupo. O exame de vários espécies de diferentes coleções zoológicas nos permitiu expandir a distribuição geográfica de aranhas Barychelidae, acrescentando 95 novos registros. Adicionalmente aos dados geográficos de material de coleta, foi possível identificar 56 observações de aranhas Barychelidae no iNaturalist, 29 delas para locais não publicados, totalizando 124 novos registros no Brasil. Em geral, a distribuição geográfica expandida de Barychelidae no Brasil revelou uma notável diversidade, com inúmeras espécies cobrindo uma variedade de habitats. Este mapeamento da distribuição pode fornecer valiosas informações para o estudo da variação populacional e relações evolutivas, além de auxiliar em pesquisas biogeográficas da família Barychelidae.</p> Hector Manuel Osorio Gonzalez Filho Pedro Henrique Dias da Silva Costa Jean Martin Duarte de Paiva José Paulo Leite Guadanucci ##submission.copyrightStatement## http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2025-01-02 2025-01-02 19 3 1 16 10.46357/bcnaturais.v19i3.1009 Sobre os primeiros registros sul-americanos de aranhas Linyphiidae (Araneae) de ampla distribuição https://boletimcn.museu-goeldi.br/bcnaturais/article/view/999 <p><strong>&nbsp;</strong><em>Agyneta galapagosensis</em> (Baert, 1990), <em>Erigone autumnalis</em> Emerton, 1882 e <em>Mermessus fradeorum</em> (Berland, 1932), espécies de Linyphiidae, são citadas pela primeira vez para a América do Sul continental. Os dados de distribuição de <em>Neriene redacta</em> Chamberlin, 1925 são ampliados. Fornecemos figuras do habitus, mapa de distribuição atualizado com os novos registros e informações inéditas sobre a história natural destas espécies. Nossos resultados demonstram a grande capacidade de dispersão e tolerância dessas espécies de aranhas, que as permite viver em diferentes condições ambientais, como agroecossistemas e áreas urbanas.</p> Manuel Cajade Everton N. L. Rodrigues Damián Hagopián Álvaro Laborda Antonio Brescovit Miguel Simó ##submission.copyrightStatement## http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2025-01-02 2025-01-02 19 3 1 10 10.46357/bcnaturais.v19i3.999