Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi - Ciências Naturais https://boletimcn.museu-goeldi.br/bcnaturais <p>O&nbsp;<strong>Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi</strong>&nbsp;é um dos periódicos cientificos mais antigos do Brasil. Criado por Emílio Goeldi sob o nome original de&nbsp;<strong>Boletim do Museu Paraense de História Natural e Ethnographia</strong>, sua primeira edição data de 1894. Atualmente, é publicado três vezes ao ano, em duas versões, Ciências Naturais e Ciências Humanas.<br>O&nbsp;<strong>Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi. Ciências Naturais</strong>&nbsp;(ISSN 2317-6237) possui, como principal missão, publicar trabalhos originais nas áreas de Biologia (Zoologia, Botânica, Biogeografia, Ecologia, Taxonomia, Anatomia, Biodiversidade, Vegetação, Conservação da Natureza) e Geologia.&nbsp;<br><span id="result_box">Esta é uma revista de acesso aberto, o que significa que todo o conteúdo está disponível gratuitamente, sem custo para o usuário ou instituição.</span></p> Editora pt-BR Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi - Ciências Naturais 1981-8114 <p>A publicação implica cessão integral dos direitos autorais do trabalho à revista. A declaração para a cessão de direitos autorais é enviada<br>juntamente com a notificação de aceite do artigo. Deve ser devolvida assinada via e-mail. Todos os autores devem assinar uma declaração.</p> A riqueza de espécies de aranhas é influenciada pela diversidade de insetos, em vez da complexidade do habitat, no sub-bosque do Cerrado brasileiro https://boletimcn.museu-goeldi.br/bcnaturais/article/view/974 <p>A complexidade do hábitat é determinada pela variação dos componentes físicos e biológicos presentes em um ambiente. Hábitats mais complexos geralmente oferecem maior diversidade de abrigos, alimento e sítios de reprodução, contribuindo para uma biodiversidade mais rica. Neste estudo, investigamos como a complexidade do hábitat, fornecida pelas plantas do sub-bosque de áreas naturais do Cerrado brasileiro, influencia a riqueza de espécies de aranhas. Avaliamos variáveis estruturais, como número de folhas, tamanho das plantas e incidência de herbivoria, além da disponibilidade de presas, medida pela riqueza de insetos. Nossos resultados indicaram que a riqueza de aranhas está positivamente correlacionada com a riqueza de insetos, evidenciando o papel da diversidade de presas na sustentação de comunidades predadoras. Contudo, foi observada uma relação inversa entre a riqueza de aranhas e o número de folhas das plantas, sugerindo que arranjos foliares mais densos podem limitar o acesso de algumas espécies ou favorecer a dominância de espécies especializadas. Esses achados ressaltam a importância de estratégias de conservação que priorizem a preservação da diversidade vegetal e da heterogeneidade estrutural, assegurando o equilíbrio ecológico e a biodiversidade no Cerrado.</p> Jéssica Silva dos Reis Alinne Ferreira Silva Tizo Renata de Freitas Barroso Vitória Luiza Cardoso Pereira Marcos Henrique André de Deus Everton Tizo Pedroso ##submission.copyrightStatement## http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2025-05-07 2025-05-07 20 1 1 12 10.46357/bcnaturais.v20i1.974 Interações sexuais entre machos adultos e fêmeas imaturas na aranha subsocial Anelosimus vierae https://boletimcn.museu-goeldi.br/bcnaturais/article/view/992 <p>Este estudo teve como objetivo analisar as consequências das interações sexuais entre machos adultos e penúltimas fêmeas da aranha subsocial uruguaia <em>Anelosimus vierae</em> Agnarsson, 2012 (Theridiidae). No laboratório, foram formados vários grupos experimentais compostos por machos adultos não relacionados e penúltimas fêmeas da espécie. Os comportamentos de cortejo e pseudo-cópula que ocorrem entre machos adultos e penúltimas fêmeas foram descritos em detalhes. Esses comportamentos sexuais mostraram ter efeitos positivos em futuros encontros sexuais.</p> Carolina Rojas-Buffet Carmen Viera ##submission.copyrightStatement## http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2025-05-07 2025-05-07 20 1 1 18 10.46357/bcnaturais.v20i1.992 Primeira descrição da fêmea e um novo sinônimo júnior de Corythalia vervloeti Soares & Camargo, 1948 (Araneae: Salticidae: Euophryini) https://boletimcn.museu-goeldi.br/bcnaturais/article/view/1004 <p>A fêmea de <em>Corythalia vervloeti</em> Soares &amp; Camargo, 1948 é descrita e ilustrada pela primeira vez. <em>Eustiromastix efferatus</em> Bauab-Vianna &amp; Soares, 1978 é considerado um sinônimo júnior de <em>Corythalia vervloeti</em> com base na descrição e nas ilustrações originais. Novos registros expandem a distribuição conhecida da espécie pela Mata Atlântica, pelo Pantanal e pelas regiões amazônicas do Brasil e Equador. A posição de <em>C. vervloeti</em> dentro do gênero é discutida.</p> Alexandre Stamato Michelotto Adalberto José Santos ##submission.copyrightStatement## http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2025-05-07 2025-05-07 20 1 1 8 10.46357/bcnaturais.v20i1.1004 O gênero de aranhas papa-moscas Nycerella Galiano, 1982 no Brasil, com descrição da fêmea de Nycerella melanopygia Galiano, 1982 (Araneae: Salticidae: Freyina) https://boletimcn.museu-goeldi.br/bcnaturais/article/view/1008 <p>Três espécies de <em>Nycerella</em> Galiano, 1982 foram até hoje registradas no Brasil: <em>N. aprica</em> (Peckham &amp; Peckham, 1896), <em>N. melanopygia</em> Galiano, 1982 e N. volucripes Galiano, 1982. A fêmea de <em>N. melanopygia</em>, entretanto, ainda permanece desconhecida. Aqui, descrevemos a fêmea de <em>N. melanopygia</em> pela primeira vez e damos registros geográficos adicionais para as três espécies mencionadas, estendendo suas distribuições até estados do Nordeste do Brasil.</p> Gustavo R.S. Ruiz Alexia Vaughan Paz Abel Antonio Bustamante ##submission.copyrightStatement## http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2025-05-07 2025-05-07 20 1 1 14 10.46357/bcnaturais.v20i1.1008 Mimetismo deelemaniano de formigas: sobre a história natural e novos registros de Tapixaua callida Bonaldo, 2000 (Araneae, Corinnidae, Corinninae) https://boletimcn.museu-goeldi.br/bcnaturais/article/view/1011 <p><em>Tapixaua callida</em> é a única espécie conhecida do gênero, descrita por Bonaldo em 2000 no Brasil e Peru. Esta espécie é facilmente reconhecida pela presença de pelos modificados no ápice dos fêmures, patelas e tíbias das pernas I, uma condição previamente sugerida como instrumental para simular o tagma cefálico de formigas. Aqui, estendemos o conhecimento da distribuição geográfica do táxon ao norte de Huánuco (Peru), Amazonas e Mato Grosso (Brasil) para Loreto (Peru), Caquetá (Colômbia) e, ao leste, para os estados do Pará e Maranhão (Brasil). Fornecemos um mapa com todos os registros de <em>T. callida</em> obtidos até o momento. Além disso, apresentamos, pela primeira vez, dados sobre sua história natural com base em observações, fotografias e vídeos. A solução de mimetismo de formigas apresentada por essa espécie, combinando elementos morfológicos e comportamentais para desencadear a semelhança com as formigas ‘quando necessário’, foi relatada anteriormente apenas para<em> Pranburia mahannopi</em> Deeleman-Reinhold, 1993, do sul da Ásia, e é aqui denominada mimetismo deelemaniano.</p> <p>&nbsp;</p> Cláudia Xavier Claudio J. Silva-Júnior César Favacho Fabián García Leonel Martínez Abel A. Bustamante Alexandre Bragio Bonaldo ##submission.copyrightStatement## http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2025-05-07 2025-05-07 20 1 1 12 10.46357/bcnaturais.v20i1.1011 Lista de espécies de aranhas em um fragmento urbano de floresta na Amazônia brasileira com 16 novos registros locais e 3 novos registros para o Brasil https://boletimcn.museu-goeldi.br/bcnaturais/article/view/1012 <p>A ordem Araneae reúne mais de 52.000 espécies descritas de aranhas e, apesar da alta diversidade, ainda há muito o que estudar sobre a taxonomia e a biogeografia do grupo, especialmente em regiões tropicais. Neste trabalho, fornecemos uma lista de espécies/morfoespécies de aranhas do <em>Campus</em> de Pesquisa do Museu Paraense Emílio Goeldi, Belém, Pará, Brasil, com novos registros em diferentes escalas. As coletas ocorreram de forma esporádica entre 2011–2018, mediante diversos métodos de coleta. Foram amostrados 492 indivíduos de 172 morfoespécies, distribuídas em 103 gêneros e 25 famílias. Foi possível determinar 84 espécies (48,8%), com 16 novos registros para Belém, incluindo sete para o Pará e três para o Brasil. A riqueza de espécies relativamente alta pode ser explicada por diversos fatores, como amostragem em diferentes épocas do ano, uso de vários métodos de coleta e o fato de a área de estudo estar conectada com uma matriz florestal extensa ao nordeste, possivelmente permitindo a dispersão de indivíduos entre as áreas. Por fim, os registros novos, a alta riqueza de espécies e a quantidade de espécies não determinados destacam os desafios de se obter um nível aceitável do conhecimento faunístico de aranhas na Amazônia.</p> Paulo Pantoja Cláudia Xavier Lilian Fernanda Bello Serrão César Augusto Favacho Regiane Saturnino Alexandre Bragio Bonaldo ##submission.copyrightStatement## http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2025-05-07 2025-05-07 20 1 1 30 10.46357/bcnaturais.v20i1.1012 Adicionando uma peça do quebra cabeça da distribuição do escorpião: expansão dos registros dos Tityus (Tityus) confluens Borelli, 1899 (Scorpiones, Buthidae) no sul brasileiro https://boletimcn.museu-goeldi.br/bcnaturais/article/view/1018 <p>Novos registros para a espécie <em>Tityus (Tityus) confluens</em> Borelli, 1899, anteriormente conhecida para os estados de Ceará, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Piauí e Tocantins, no Brasil, são feitos para o estado do Paraná. Além disso, um mapa atualizado com esses novos registros para o Brasil é fornecido.</p> Paulo André Margonari Goldoni Luiz Felipe M. Iniesta Emanuel Marques-da-Silva Antonio D. Brescovit ##submission.copyrightStatement## http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2025-05-07 2025-05-07 20 1 1 10 10.46357/bcnaturais.v20i1.1018 História natural de Loxosceles chapadensis Bertani, Fukushima & Nagahama, 2010 (Araneae, Sicariidae) https://boletimcn.museu-goeldi.br/bcnaturais/article/view/1005 <p>Aranhas-marrons do gênero Loxosceles compreendem 147 espécies e são responsáveis pelo araneísmo mais significativo na América do Sul. Existem lacunas de conhecimento para várias espécies, como <em>Loxosceles chapadensis</em>, cuja informação biológica é escassa, limitada à sua descrição em 2010 e a poucas publicações que a mencionam de alguma forma. Objetivamos contribuir com a caracterização da história natural de <em>L. chapadensis</em>, bem como com a expansão sobre seu conhecimento e sua distribuição. Foram coletados 457 espécimes por meio de busca ativa entre 2022-2024 em sete localidades (seis grutas) da Bahia, Brasil. As áreas de amostragem nas grutas foram marcadas de acordo com variáveis microclimáticas. Temperatura e umidade foram consideradas ambientalmente homogêneas, mas a distribuição espacial das aranhas foi heterogênea, determinada pela luminosidade. Concluímos que<em> L. chapadensis</em> é uma aranha de hábitos cavernícolas, endêmica dos ambientes de Caatinga brasileira com características geomorfológicas e vegetacionais xéricas de altitude, até então com registros nos estados da Bahia e do Piauí. Sua ocorrência em locais de grande fluxo turístico demanda cuidados no plano de manejo das cavernas onde ocorre.</p> Júlia Andrade de Sá Tania Kobler Brazil Yukari Figueroa Mise Rejâne Maria Lira-da-Silva ##submission.copyrightStatement## http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2025-05-07 2025-05-07 20 1 1 22 10.46357/bcnaturais.v20i1.1005