Um milênio de ocupações arqueológicas com manchas de terra preta em floresta na região de Carajás, Pará, Brasil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.46357/bcnaturais.v11i1.457

Palavras-chave:

Terra preta arqueológica, Arqueologia da Amazônia, FLONATA, Manchas de TPA, Geoarqueologia, Carajás

Resumo

A região amazônica foi ocupada por grande diversidade de povos e culturas, em uma longa e dinâmica trajetória de desenvolvimento. Foi marcada pela adaptação à disponibilidade dos recursos naturais, bem como manejo do ambiente, a exemplo das terras pretas arqueológicas (TPA). Esses solos apresentam coloração escura, elevados teores de P, Ca, Mg, Zn e Mn, associados a artefatos cerâmicos, líticos, restos de fauna e flora. A pesquisa foi realizada nos sítios Bitoca 1 e Bitoca 2, localizados na área da Floresta Nacional Tapirapé-Aquiri (FLONATA), município de Marabá, Pará. Esses sítios são constituídos por pequenas manchas de TPA, que foram correlacionadas a áreas de habitação (cabanas e arredores). Essas áreas foram ocupadas por período aproximado de um milênio e podem ou não ter sido habitadas simultaneamente. Observações realizadas durante as escavações, aliadas às diferentes datações e às variações nos teores de P, Ca, Mg, Zn e Mn, tanto dentro como entre manchas, sugerem áreas com ocupações sucessivas e/ou reocupação, com atividades diferenciadas relacionadas ao tipo e à intensidade de materiais orgânicos (animal ou vegetal) e inorgânicos (fragmentos de cerâmica) descartados e/ou tempo de utilização do espaço.

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Publicado

04/18/2017

Como Citar

Silveira, M. I. da, Kern, D. C., Berredo, J. F., Costa, J. A., & Costa, M. L. da. (2017). Um milênio de ocupações arqueológicas com manchas de terra preta em floresta na região de Carajás, Pará, Brasil. Boletim Do Museu Paraense Emílio Goeldi - Ciências Naturais, 11(1), 11-31. https://doi.org/10.46357/bcnaturais.v11i1.457

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