Biologia floral e visitantes de Cordia nodosa: uma espécie com dimorfismo estilar na Amazônia

Autores

  • Christiano Peres Coelho Universidade Federal de Goiás image/svg+xml
  • André Rodrigo Rech Universidade Estadual de Campinas
  • Valdivino Santana do Carmo Mars Center for Cocoa Science

DOI:

https://doi.org/10.46357/bcnaturais.v9i3.504

Palavras-chave:

Distilia, Cordia, Polimorfismo floral, Dimorfismo estilar

Resumo

As angiospermas apresentam estratégias que promovem o fluxo gênico, como a heterostilia, com diferenças na altura do estilete e estames entre indivíduos. Variações nos sistemas distílicos são descritos e causam discussão, pois envolvem questões evolutivas. O objetivo do trabalho é descrever a morfologia e a morfometria floral de Cordia nodosa, visitantes, produção de néctar, fluxo de pólen e sistema reprodutivo. Obtiveram-se medidas das flores, observação dos visitantes, produção de néctar e polinizações controladas. A altura dos estiletes variou continuamente nos indivíduos, diferente dos estames, com altura fixa. Os tubos polínicos não apresentaram autoincompatibilidade no estigma, porém não foi possível observar o crescimento nos estiletes, não apresentando autoincompatibilidade esporofítica. Abelhas coletoras de néctar e pólen foram os visitantes mais frequentes, tendo-se também observado vespas e borboletas. A dinâmica de néctar revelou redução na produção após a primeira retirada, o que foi interpretado como economia energética. Além disso, a presença de pólen e néctar como recurso parece subsidiar um sistema de polinização funcionalmente generalista, em que nectarívoros e polinívoros atuariam em diferentes aspectos da polinização e do fluxo gênico, assim podendo alterar os mecanismos de retirada e deposição de pólen, bem como afetar a morfologia floral através de pressões de seleção diferenciadas

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Publicado

12/31/2014

Como Citar

Coelho, C. P., Rech, A. R., & Carmo, V. S. do. (2014). Biologia floral e visitantes de Cordia nodosa: uma espécie com dimorfismo estilar na Amazônia. Boletim Do Museu Paraense Emílio Goeldi - Ciências Naturais, 9(3), 481-490. https://doi.org/10.46357/bcnaturais.v9i3.504

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