Bactérias transportadas em mutucas (Diptera: Tabanidae) no nordeste do estado do Pará, Brasil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.46357/bcnaturais.v2i3.691

Palavras-chave:

Insecta, Diptera, Tabanidae, Bactérias, Amazônia

Resumo

Os insetos da família Tabanidae (Diptera), conhecidos vulgarmente como mutucas, são considerados potenciais pragas ao homem e animais domésticos pelo comportamento hematófago de suas fêmeas. São capazes de transportar mecanicamente vírus, bactérias e helmintos, pelo fato desses patógenos aderirem-se à estrutura da probóscide. As coletas dos insetos foram realizadas em áreas peri-urbanas e florestadas, utilizando-se armadilhas Malaise e cavalos como isca. Após a identificação dos tabanídeos, os exemplares foram dissecados e submetidos ao estudo bacteriológico, no corpo inteiro, superfície do corpo, aparelho bucal e intestino. Após o isolamento das bactérias nos meios Ágar sangue, Ágar MacConkey e Chapman, estas foram identificadas bioquimicamente. Foram coletados 400 tabanídeos de 18 espécies, destacando-se: Dichelacera bifacies, Leucotabanus exaestuans, Tabanus antarcticus, T. occidentalis var. dorsovittatus. Foram isoladas 24 espécies de bactérias, destacando-se: Staphylococcus spp., Streptococcus spp., Enterobacter cloacae e Serratia marcescens. Este é um trabalho pioneiro sobre as espécies de bactérias encontradas em tabanídeos na América do Sul. Os resultados mostraram que as espécies Serratia marcescens, Escherichia coli e Staphylococcus aureus são consideradas as mais importantes no aspecto médico-sanitário e foram encontradas nas seguintes espécies de tabanídeos: T. occidentalis var. dorsovittatus, T. indecisus, T. trivittatus, T. sorbillans e T. olivaceiventris. Na superfície do corpo dos tabanídeos identificou-se o maior número de bactérias.

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Publicado

12/17/2007

Como Citar

Luz-Alves, W. C., Gorayeb, I. de S., Silva, J. C. L., & Loureiro, E. C. B. (2007). Bactérias transportadas em mutucas (Diptera: Tabanidae) no nordeste do estado do Pará, Brasil. Boletim Do Museu Paraense Emílio Goeldi - Ciências Naturais, 2(3), 11-20. https://doi.org/10.46357/bcnaturais.v2i3.691

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