Bertholletia excelsa Humboldt & Bonpland (Lecythidaceae): aspectos morfológicos do fruto, da semente e da plântula

Autores

  • João Ubiratan Moreira dos Santos Museu Paraense Emílio Goeldi image/svg+xml
  • Maria de Nazaré do Carmo Bastos Museu Paraense Emílio Goeldi image/svg+xml
  • Ely Simone Cajueiro Gurgel Museu Paraense Emílio Goeldi image/svg+xml
  • Ana Cristina Magalhães Carvalho Museu Paraense Emílio Goeldi image/svg+xml

DOI:

https://doi.org/10.46357/bcnaturais.v1i2.745

Palavras-chave:

Manejo florestal, Silvicultura, Identificação de plântulas, Amazônia

Resumo

Bertholletia excelsa Humboldt & Bonpland, conhecida popularmente como castanha-do-pará e castanha-do-brasil, é uma árvore que pode atingir até 50 m, ocorre em toda a região amazônica, sendo característica das matas altas de terra firme não inundáveis. Suas castanhas ou sementes são muito apreciadas, internacionalmente conhecidas, constituindo um dos principais produtos de exportação da Amazônia. Objetivou-se, com este estudo, descrever a morfologia do fruto, da semente e da plântula da referida espécie, utilizando-se 30 frutos, 30 sementes e 10 plântulas. Registrou-se, dos frutos, a morfologia geral, a coloração, a textura, a consistência, a deiscência e o indumento; das sementes, o tegumento e o embrião, bem como os principais elementos vegetativos das plântulas. Considerou-se plântula a fase de desenvolvimento em que os eófilos estavam totalmente formados. Fundamentou-se todo o estudo em literatura especializada e ilustraram-se os principais caracteres morfológicos com fotografias. A espécie estudada apresenta fruto simples, do tipo cápsula poricida, indeiscente, bisseriado, pedúnculo opaco, em tons castanhos, superfície glabra e fibrosa; pericarpo castanho escuro, opaco, crustáceo, glabro, levemente fibroso e septado; funículo em tons castanhos e lenhoso. Semente triangular angulosa axilar e estenospérmica; testa castanho claro, superfície opaca, rugosa e glabra e de consistência lígnea; rafe em tons castanho escuros, rígida e saliente, hilo oblongo e em depressão; embrião conferruminado. Germinação criptocotiledonar hipógea. Plântula com eófilos simples, alternos, obovóides, ápice agudo, margem serreada e castanha avermelhada, base simétrica e atenuada, peninérveos, craspedródomos e prefolheação revoluta; hipocótilo ausente; epicótilo epígeo, cilídrico, lenticelado, com muitos catáfilos triangulares e lanceolados.

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Publicado

03/31/2006

Como Citar

Santos, J. U. M. dos, Bastos, M. de N. do C., Gurgel, E. S. C., & Carvalho, A. C. M. (2006). Bertholletia excelsa Humboldt & Bonpland (Lecythidaceae): aspectos morfológicos do fruto, da semente e da plântula. Boletim Do Museu Paraense Emílio Goeldi - Ciências Naturais, 1(2), 103-112. https://doi.org/10.46357/bcnaturais.v1i2.745

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