Morfologia da bacia de drenagem, sedimentologia e sismoestratigrafia de um lago de planalto da Serra dos Carajás, sudeste da Amazônia, Brasil

Authors

  • Pedro Walfir M. Souza-Filho Instituto Tecnológico Vale / Universidade Federal do Pará
  • José Tasso F. Guimarães Instituto Tecnológico Vale / Universidade Federal do Pará
  • Marcio S. Silva Federal University of Para image/svg+xml
  • Francisco R. Costa Universidade Federal do Pará / Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará
  • Prafulla K. Sahoo Vale Institute of Technology image/svg+xml
  • Clovis W. Maurity Vale Institute of Technology image/svg+xml
  • Roberto Dall’Agnol Universidade Federal do Pará / Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará

DOI:

https://doi.org/10.46357/bcnaturais.v11i1.461

Keywords:

Lagos de altitude, Sedimentologia, Facies sedimentares lacustres, Amazônia

Abstract

Para compreender os processos sedimentares em um ambiente lacustre, é essencial investigar os processos morfológicos, sedimentares e limnológicos. O presente estudo foi desenvolvido na lagoa do Violão, Serra Sul de Carajás. A abordagem metodológica incluiu a coleta de dados batimétricos, sedimentológicos e sísmicos. A lagoa apresenta forma de violão, alongada na direção NE-SW, ocupando uma área de ~0,3 km2, com perímetro de ~2,7 km. O lago apresenta uma morfologia de bacia de lavar roupa, com margens íngremes em afloramentos de crosta laterítica ferruginosa. O fundo plano é constituído principalmente por sedimentos lamosos. A coluna de água apresenta uma estratificação térmica somente durante a estação seca, sendo misturada no período chuvoso. Três sucessões sismoestratigráficas foram identificadas no lago, que apresenta uma espessura de sedimentos de ~15 m sobre um refletor basal. Pequenos lóbulos deltaicos são depositados no fundo do lago a partir de correntes de turbidez, enquanto a parte central do lago é caracterizada pela deposição por decantação de sedimentos finos, sugerindo que a de sedimentação da lama orgânica está associada a fluxos intermediários ou superficiais. Portanto, os processos sedimentares são fortemente regulados pela morfologia da bacia, pelo influxo de água de drenagem e pela estratificação térmica da coluna de água.

Published

04/18/2017

How to Cite

Souza-Filho, P. W. M., Guimarães, J. T. F., Silva, M. S., Costa, F. R., Sahoo, P. K., Maurity, C. W., & Dall’Agnol, R. (2017). Morfologia da bacia de drenagem, sedimentologia e sismoestratigrafia de um lago de planalto da Serra dos Carajás, sudeste da Amazônia, Brasil. Boletim Do Museu Paraense Emílio Goeldi - Ciências Naturais, 11(1), 71-83. https://doi.org/10.46357/bcnaturais.v11i1.461

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