Riqueza da brioflora como indicador da cobertura vegetal nativa em parques na cidade de São Paulo

  • Sandra Regina Visnadi Instituto de Pesquisas Ambientais. São Paulo, São Paulo, Brasil
Palavras-chave: Áreas antrópicas, Floresta ombrófila densa, Hepáticas, Musgos, Parques urbanos

Resumo

O mundo está cada vez mais urbano, e as cidades enfrentam desafios relacionados à degradação ambiental e à carência de recursos naturais. O presente artigo tem por objetivo conhecer a brioflora nos parques Santo Dias, Burle Marx e Alfredo Volpi, que possuem floresta ombrófila densa, na cidade de São Paulo. O material foi coletado em 2016 e 2017, estando depositado nos herbários do Instituto de Pesquisas Ambientais e da Prefeitura do Município de São Paulo. A brioflora (103 espécies) é heterogênea nesses parques, onde os musgos superam as hepáticas. Maior riqueza em espécies ocorre em parque com mata original melhor preservada, o qual também possui vários tipos de ambientes antrópicos, e que ficou relativamente pouco tempo isolado pela expansão da urbanização. Brioflora mais pobre ocorre em parque com mata menos preservada, possuindo poucos ambientes antrópicos diferentes, além de estar há mais tempo isolado pela urbanização do entorno. Esses achados demonstram a importância dos parques estudados e dos seus fragmentos de floresta ombrófila densa para a conservação da biodiversidade da brioflora, característica do tipo de vegetação ocorrente na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP), e que possui espécies endêmicas do Brasil e espécie ameaçada de extinção no estado de São Paulo.

Publicado
2023-04-28
Como Citar
Visnadi, S. (2023). Riqueza da brioflora como indicador da cobertura vegetal nativa em parques na cidade de São Paulo. Boletim Do Museu Paraense Emílio Goeldi - Ciências Naturais, 18(1), 1-37. https://doi.org/10.46357/bcnaturais.v18i1.433