Produção de serapilheira em um fragmento de bosque de terra firme e um manguezal vizinhos na península de Ajuruteua, Bragança, Pará

  • Raquel do Espírito Santo Aguiar do Nascimento Universidade Federal do Pará
  • Ulf Mehlig Zentrum für Marine Tropenökologie
  • Maria Milena de Oliveira Abreu Universidade Federal do Pará
  • Moirah Paula Machado de Menezes Universidade Federal do Pará
Palavras-chave: Arecaceae, Burseraceae, Simaroubaceae, Rhizophora mangle, Fenologia, Conteúdo de cinza

Resumo

O presente estudo analisou a diferença na produção de serapilheira entre um fragmento de floresta de terra firme e um manguezal vizinhos que ocorrem na costa da região bragantina. A queda de serapilheira foi quantificada através de 10 cestas coletoras (0,5 m2) em manguezal e 10 cestas em bosque de terra firme instaladas ao longo de uma transecção ortogonal à divisa entre os dois ecossistemas. A coleta de material foi efetuada quinzenalmente. A produção de serapilheira no manguezal foi de 11,8 t·ha-1a-1, um terço mais alta do que no bosque de terra firme (8,7 t·ha-1a-1). O componente mais importante na serapilheira dos dois ecossistemas são as folhas (68 e 63% para manguezal e terra firme, respectivamente). No manguezal, Rhizophora mangle contribuiu com a maior parte do material. Na terra firme, cerca de 54% das folhas não foram taxonomicamente identificadas. Porém, dentre as identificadas, folhas de espécies das famílias Simaroubaceae, Burseraceae e Arecaceae contribuíram com 13, 12 e 11% do total de folhas. No manguezal, componentes reprodutivos na serapilheira mostraram sazonalidade. Não foi possível identificar um padrão sazonal claro na queda de folhas de R. mangle. Porém, em manguezal e terra firme, a produção total de serapilheira foi mais elevada na estação seca.

Publicado
2006-12-18
Como Citar
Nascimento, R., Mehlig, U., Abreu, M. M., & Menezes, M. P. (2006). Produção de serapilheira em um fragmento de bosque de terra firme e um manguezal vizinhos na península de Ajuruteua, Bragança, Pará. Boletim Do Museu Paraense Emílio Goeldi - Ciências Naturais, 1(3), 71-76. https://doi.org/10.46357/bcnaturais.v1i3.730

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