Diagnóstico do atropelamento de mamíferos silvestres em estradas na bacia do alto Paraguai

  • Fernando Antônio Silva Pinto SIGNature Planejamento e Conservação. Barbacena, Minas Gerais, Brasil https://orcid.org/0000-0002-8814-3182
  • Alex Bager Universidade Federal de Lavras. Centro Brasileiro de Estudos em Ecologia de Estradas. Lavras, Minas Gerais, Brasil https://orcid.org/0000-0002-6143-0413
  • Rafaela Cobuci Cerqueira SIGNature Planejamento e Conservação. Barbacena, Minas Gerais, Brasil https://orcid.org/0000-0002-1535-4093
  • Adriana Pereira Milagres Universidade Federal de Viçosa. Laboratório de Manejo e Conservação de Fauna. Viçosa, Minas Gerais, Brasil https://orcid.org/0000-0003-4531-3097
  • Bianca Cruz Morais Ecology & Environment do Brasil. Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil https://orcid.org/0000-0001-7678-7741
  • Priscilla Barbosa Alcantara da Silva SIGNature Planejamento e Conservação. Barbacena, Minas Gerais, Brasil https://orcid.org/0000-0002-6441-6043
  • Erika Castro Universidade Federal de Lavras. Centro Brasileiro de Estudos em Ecologia de Estradas. Lavras, Minas Gerais, Brasil https://orcid.org/0000-0002-7435-7323
  • Emília Patrícia Medici Iniciativa Nacional para a Conservação da Anta Brasileira (INCAB), Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPÊ); IUCN/SSC Tapir Specialist Group (TSG) https://orcid.org/0000-0003-1944-9249
  • Arnaud L. J. Desbiez IUCN/SSC Tapir Specialist Group (TSG); The Royal Zoological Society of Scotland; Instituto de Conservação de Animais Silvestres (ICAS) https://orcid.org/0000-0001-5968-6025
  • Fernando Rodrigo Tortato Panthera Brasil; Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Conservação da Biodiversidade - UFMT https://orcid.org/0000-0003-1901-5037
  • Henrique Villas Boas Concone Instituto Pró-Carnívoros; Programa de Pós-Graduação Interunidades em Ecologia Aplicada – USP; Laboratório de Ecologia Manejo e Conservação de Fauna Silvestre (LEMaC) https://orcid.org/0000-0003-3832-1347
Palavras-chave: Ecologia de estradas, Mamíferos, Taxas de atropelamento

Resumo

O atropelamento de fauna silvestre em estradas é responsável pela perda direta de milhões de indivíduos anualmente no Brasil, sendo importante acessar, compreender e mitigar seus impactos. Apresentamos um diagnóstico sobre o atropelamento de mamíferos na bacia hidrográfica do alto Paraguai (BAP), com o objetivo de acessar o atual estado de conhecimento, identificar lacunas e propor medidas de conservação e mitigação. Os dados foram coletados através de uma revisão sistemática da literatura científica, posteriormente caracterizados de acordo com tipo de estudo, localidade na BAP, riqueza e status de conservação de espécies e taxas de atropelamento. Identificamos 15 estudos que realizaram monitoramentos sistemáticos de atropelamento, a maioria em estradas do Mato Grosso do Sul. Entre eles, 93% dos monitoramentos foram realizados por carro, com uma duração média de 14 meses. Compilamos 5.241 indivíduos atropelados, distribuídos em dez ordens e 47 espécies, sendo a ordem Carnivora a mais representativa. Doze espécies apresentaram o status de ameaçada de extinção em nível nacional; destas, o tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tridactyla) possui as maiores médias de taxas de atropelamento. Nosso diagnóstico se mostrou importante para identificar espécies vulneráveis aos efeitos dos atropelamentos, nortear novas pesquisas e auxiliar nas estratégias em políticas públicas e mitigação de impactos.

Publicado
2022-01-31
Como Citar
Pinto, F. A., Bager, A., Cerqueira, R., Milagres, A., Morais, B., Silva, P., Castro, E., Medici, E., Desbiez, A., Tortato, F., & Concone, H. (2022). Diagnóstico do atropelamento de mamíferos silvestres em estradas na bacia do alto Paraguai. Boletim Do Museu Paraense Emílio Goeldi - Ciências Naturais, 16(3), 441-458. https://doi.org/10.46357/bcnaturais.v16i3.812

##plugins.generic.recommendByAuthor.heading##