A riqueza de espécies de aranhas é influenciada pela diversidade de insetos, em vez da complexidade do habitat, no sub-bosque do Cerrado brasileiro
DOI:
https://doi.org/10.46357/bcnaturais.v20i1.974Palavras-chave:
Arachnida, Savana tropical, Estrutura do hábitat, Conservação do Cerrado, Riqueza de aranhasResumo
A complexidade do hábitat é determinada pela variação dos componentes físicos e biológicos presentes em um ambiente. Hábitats mais complexos geralmente oferecem maior diversidade de abrigos, alimento e sítios de reprodução, contribuindo para uma biodiversidade mais rica. Neste estudo, investigamos como a complexidade do hábitat, fornecida pelas plantas do sub-bosque de áreas naturais do Cerrado brasileiro, influencia a riqueza de espécies de aranhas. Avaliamos variáveis estruturais, como número de folhas, tamanho das plantas e incidência de herbivoria, além da disponibilidade de presas, medida pela riqueza de insetos. Nossos resultados indicaram que a riqueza de aranhas está positivamente correlacionada com a riqueza de insetos, evidenciando o papel da diversidade de presas na sustentação de comunidades predadoras. Contudo, foi observada uma relação inversa entre a riqueza de aranhas e o número de folhas das plantas, sugerindo que arranjos foliares mais densos podem limitar o acesso de algumas espécies ou favorecer a dominância de espécies especializadas. Esses achados ressaltam a importância de estratégias de conservação que priorizem a preservação da diversidade vegetal e da heterogeneidade estrutural, assegurando o equilíbrio ecológico e a biodiversidade no Cerrado.
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