Crescimento de Bertholletia excelsa Bonpl. (castanheira) na Amazônia trinta anos após a mineração de bauxita

  • Rafael de Paiva Salomão Museu Paraense Emílio Goeldi
  • Antônio Cordeiro de Santana Universidade Federal Rural da Amazônia
  • Silvio Brienza Júnior Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
  • Nélson de Araújo Rosa Museu Paraense Emílio Goeldi
  • Raíza Salomão Precinoto Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Palavras-chave: Crescimento do diâmetro e altura, Taxa de crescimento, Recuperação de área degradada, Restauração ecológica, Amazônia

Resumo

Bertholletia excelsa é uma espécie com ampla distribuição na Amazônia, testada e recomendada na recuperação de áreas degradadas pela atividade minerária. Em 1984, em uma área de restauração florestal da Floresta Nacional de Saracá-Taquera, implantou-se um reflorestamento em 19,4 ha, com mudas de castanheira e outras 66 espécies. Foi monitorado o crescimento em diâmetro de 416 castanheiras em um período de dez anos. Os diâmetros médios encontrados foram de 19,2 ± 10,0 cm, 21,1 ± 10,7 cm, 23,2 ± 11,4 cm, 24,9 ± 11,9 cm e 28,2 ± 12,7 cm, respectivamente aos 20, 22, 24, 26 e 30 anos de idade. Os incrementos do crescimento foram significativos em todos os períodos analisados. A altura média aos 20 anos foi de 15,6 ± 4,8 m (0,78 m ano-1). O incremento médio anual do diâmetro à altura do peito (DAP) foi praticamente constante em todos os períodos monitorados (0,96 cm ano-1). Foi proposto um modelo de tendência de crescimento do diâmetro em função do tempo (R² = 0,99). Aos 30 anos de idade, foram selecionadas 18 árvores, que deveriam servir como porta-sementes para produção de mudas e plantio nas áreas anuais de restauração florestal, em função de apresentarem incremento do DAP superior a 2 cm ano-1.

Publicado
2014-08-29
Como Citar
Salomão, R., Santana, A., Júnior, S., Rosa, N., & Precinoto, R. (2014). Crescimento de Bertholletia excelsa Bonpl. (castanheira) na Amazônia trinta anos após a mineração de bauxita. Boletim Do Museu Paraense Emílio Goeldi - Ciências Naturais, 9(2), 307-320. https://doi.org/10.46357/bcnaturais.v9i2.527

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