Geologia, geoquímica e geocronologia do Diopsídio-Norito Pium, Província Carajás

Autores

DOI:

https://doi.org/10.46357/bcnaturais.v8i3.554

Palavras-chave:

Pb-Pb, Sm-Nd, Elementos maiores e traços, Norito Pium, Cráton Amazônico

Resumo

O Diopsídio-Norito Pium ocorre a sul da Bacia Carajás e é constituído por noritos (± gabronoritos), quartzo-gabros com variações para enderbitos e, de maneira restrita, rochas cumuláticas. Relações de contemporaneidade (magma mingling) são observadas, uma vez que a variedade de composição norítica ocorre ora como enclaves angulosos e de contatos retilíneos no interior das rochas quartzo-gabroicas, evidenciando alto contraste de viscosidade, ora como um enxame de enclaves arredondados (blebs/autólitos) no interior da variedade hornblenda-gabro. Os dados geoquímicos demonstram que estas rochas possuem enriquecimento em FeOt em relação ao MgO, apontando a natureza subalcalina toleítica das mesmas, e uma origem a partir da fusão parcial do manto peridotítico. Diagramas de ambiência tectônica evidenciam que estas rochas possuem afinidades geoquímicas com basaltos intraplacas e apontam para um processo de evolução magmática a partir dos noritos até os enderbitos. Idades Pb-Pb obtidas para estas rochas, entre 2745 ± 1 Ma e 2744 ± 1 Ma, são consideradas suas idades de cristalização. As análises Sm-Nd forneceram idades-modelo TDM entre 3,14 e 3,06 Ga, e valores de εNd (T = 2,74 Ga) entre -2,78 e -1,58, indicando um significativo envolvimento de fontes crustais em sua gênese. As idades-modelo confirmam um importante período de formação de crosta no Mesoarqueano na Província Carajás.

Downloads

Publicado

12/23/2013

Como Citar

Santos, R. D. dos, Galarza, M. A., & Oliveira, D. C. de. (2013). Geologia, geoquímica e geocronologia do Diopsídio-Norito Pium, Província Carajás. Boletim Do Museu Paraense Emílio Goeldi - Ciências Naturais, 8(3), 355-382. https://doi.org/10.46357/bcnaturais.v8i3.554

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)