Suscetibilidade das áreas protegidas da Amazônia Legal ao desflorestamento

Palavras-chave: Unidades de Conservação, Análise fatorial, Geoprocessamento

Resumo

O estabelecimento de uma rede de áreas protegidas é fundamental para a conservação das áreas naturais da Amazônia. Buscou-se avaliar quais tipos de áreas protegidas estão sendo mais susceptíveis ao desflorestamento, utilizando análise fatorial aplicada a uma série de variáveis espaciais. O grupo de Unidades de Conservação de Uso Sustentável (UCUS) que incluía categorias de domínio público e/ou privado (UC-US2) foi o que apresentou o menor valor médio de síntese fatorial interpolada, indicando que UCUS pertencentes a este grupo sejam mais susceptíveis ao desflorestamento. Os valores mais baixos de síntese fatorial interpolada foram observados preferencialmente nas áreas de maior ocupação. A categoria ‘alta suscetibilidade ao desflorestamento’ foi predominante apenas no grupo UC-US2, representando mais de dois terços das áreas (69,6%). Na região de maior pressão por ocupação, foi observado maior percentual de categorias de UCUS que possuem as menores restrições de uso (APA, Arie e RPPN), possivelmente com a intenção de explorar ao máximo essas áreas.

Biografia do Autor

Jorge Luis Gavina Pereira, Museu Paraense Emílio Goeldi

Geógrafo formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1992). Tem mestrado em Sensoriamento Remoto pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (1996). Doutorando em Biodiversidade e Biotecnologia - BIONORTE (início em 2016). Pesquisador do Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG) - Coordenação de Ciências da Terra e Ecologia (COCTE). Tem experiência na área de Geociências com ênfase em Geoprocessamento e Sensoriamento Remoto. Em suas pesquisas aborda temas como: dinâmica de uso e cobertura da terra na Amazônia; caracterização e quantificação de elementos da paisagem; subsídios à criação de unidades de conservação. Atua também na área acadêmica ministrando disciplinas de Geoprocessamento e Sensoriamento Remoto.

Leandro Valle Ferreira, Museu Paraense Emílio Goeldi

Possui graduação em Ciências Biologicas pela Universidade de Brasília (1985), mestrado em Biologia (Ecologia) pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (1991) e doutorado em Biologia (Ecologia) pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (2001). Atualmente é pesquisador do Museu Paraense Emílio Goeldi e orientador de mestrado e doutorado. Tem experiência na área de Ecologia, com ênfase em Ecologia de Paisagem, Ordenamento Territorial e Ecossistemas aquáticos, atuando principalmente nos seguintes temas: interação clima-biodiversidade, ecologia de áreas alagadas, inventario floristicos e florestais, monitoramento de parcelas permanentes, recuperação de áreas degradadas, planos de manejo de unidades de conservação e Projetos de Pesquisa de Longa Duraçao (PELD). É coordenador dos protocolos de vegetação do Projeto TEAM_Caxiuanã e PPBIO_Caxiuanã e do sitio PELD-Caxiuanã (Sítio 24).

Publicado
2020-08-26
Como Citar
Pereira, J., & Ferreira, L. (2020). Suscetibilidade das áreas protegidas da Amazônia Legal ao desflorestamento. Boletim Do Museu Paraense Emílio Goeldi - Ciências Naturais, 15(2), 445-463. https://doi.org/10.46357/bcnaturais.v15i2.200

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