Variação temporal da composição, ocorrência e distribuição dos Copepoda (Crustacea) do estuário do Taperaçu, Pará, Brasil
Resumo
O presente trabalho objetivou investigar as variações temporais na estrutura da comunidade dos copépodes do estuário do Taperaçu, Pará, Brasil. As medidas das variáveis físico-químicas e as amostragens de plâncton foram conduzidas durante os meses de janeiro a junho de 2006, em três estações fixas localizadas ao longo deste estuário. Os arrastos de plâncton foram realizados utilizando-se uma rede cônico-cilíndrica com 300 μm de abertura de malha. Considerando os parâmetros abióticos e bióticos, não foram observadas diferenças espaciais significativas (ANOVA, p > 0,05). Pseudodiaptomus marshi Wright S., 1936 (11,7 ± 14,3 a 20.909,7 ± 50.527,1 ind.m-3), Acartia lilljeborgii Giesbrecht, 1889 (0,1 ± 0,2 a 1.646,4 ± 1.237,3 ind.m-3), Acartia tonsa Dana, 1849 (8,0 ± 11,2 a 4.604,2 ± 4.521,7 ind.m-3) e Paracalanus quasimodo Bowman, 1971 (1,1 ± 2,7 a 405,1 ± 424,4 ind.m-3) foram os táxons numericamente mais representativos, sendo as suas densidades correlacionadas de forma significativa apenas com a salinidade. Através da análise de Cluster, foi constatada a formação de um único grupo (fevereiro, março, abril e maio), com os meses de janeiro e junho ficando isolados, o que ocorreu
devido às mudanças mensais no balanço das densidades entre as quatro principais espécies de copépodes, demonstrando, dessa forma, um processo de sucessão entre estas espécies.
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