Variação temporal do zooplâncton em um estuário tropical (região amazônica, Brasil)

  • Kelli Garboza da Costa Universidade Federal do Pará
  • Luci Cajueiro Carneiro Pereira Universidade Federal do Pará
  • Rauquírio Marinho da Costa Universidade Federal do Pará
Palavras-chave: Plâncton, Zona Costeira Tropical, Litoral Amazônico, Norte do Brasil

Resumo

A distribuição nictemeral e sazonal do zooplâncton do estuário do Taperaçu e o efeito dos parâmetros hidrológicos na dinâmica desses organismos foram estudadas nos meses de março (período chuvoso) e setembro (período seco) de 2005. As amostragens do zooplâncton foram obtidas nas marés de sizígia em intervalos de duas horas durante um período de 24 h, coletadas com rede de plâncton de 120 μm. Simultaneamente às amostragens, foram medidas, na superfície da água, temperatura, salinidade, pH e oxigênio dissolvido com auxílio de um multi-analisador. O estuário apresentou uma elevada variação sazonal de salinidade (9,1-40,0) com regimes oscilando de mesohalino a polihalino/marinho durante os períodos chuvoso e seco, respectivamente. Os valores de temperatura, pH e salinidade foram significativamente mais elevados durante o período seco. Foram identificados 50 táxons incluídos nos seguintes grupos: Arthropoda, Sarcomastigophora, Cnidaria, Mollusca, Nematoda, Platyhelminthes, Bryozoa, Chordata, Annelida e Chaetognatha. Os copépodos dominaram quantitativamente o zooplâncton local com 50% dos organismos. A densidade total do zooplâncton variou de 16.491 a 397.476 ind.m-3 durante os períodos seco e chuvoso, respectivamente. A pluviometria local mostrou ser a principal responsável pela oscilação dos parâmetros hidrológicos, principalmente a salinidade, que influenciou diretamente a dinâmica populacional do zooplâncton do estuário do Taperaçu.

Publicado
2008-08-25
Como Citar
da Costa, K., Pereira, L. C., & Costa, R. (2008). Variação temporal do zooplâncton em um estuário tropical (região amazônica, Brasil). Boletim Do Museu Paraense Emílio Goeldi - Ciências Naturais, 3(2), 127-141. https://doi.org/10.46357/bcnaturais.v3i2.681

##plugins.generic.recommendByAuthor.heading##