O porco-monteiro do Pantanal

  • Felipe Pedrosa Mão na Mata – Manejo e Soluções Ambientais. São Paulo, São Paulo, Brasil https://orcid.org/0000-0002-0294-3905
  • Alexine Keuroghlian Peccary Project / IUCN/SSC Peccary Specialist Group, Fundação Neotrópica do Brasil, Campo Grande, Brazil https://orcid.org/0000-0002-1415-4276
  • Luiz Gustavo Rodrigues Oliveira-Santos Universidade Federal do Mato Grosso do Sul. Campo Grande, Mato Grosso do Sul, Brasil https://orcid.org/0000-0001-9632-5173
  • Arnaud Léonard Jean Desbiez Instituto de Conservação de Animais Silvestres (ICAS), Royal Zoological Society of Scotland (RZSS), Escola Superior de Conservação Ambiental e Sustentabilidade (ESCAS/ IPÊ) https://orcid.org/0000-0001-5968-6025
Palavras-chave: Caça, Espécie exótica invasora, Manejo de fauna, Sus scrofa

Resumo

O porco-monteiro do Pantanal é uma espécie icônica. Introduzido nesta área pelos primeiros colonizadores da região, tornou-se asselvajado a partir do fim do século 19. Desde então, ampliou gradativamente suas distribuição e abundância, ocupando hoje praticamente todo o Pantanal. Ao longo desses mais de 120 anos de ocupação pantaneira, o porcomonteiro vem demonstrando diversos papéis e impactos ecológicos e socioambientais. Se, por um lado, eles funcionam como presas para a onça-pintada, são frugívoros e dispersores de sementes, aliviam a pressão de caça sobre espécies nativas e são uma importante fonte de proteína animal ao povo pantaneiro, por outro lado, competem com a fauna nativa por recursos alimentares, são reservatórios de doenças de importância econômica e humana, destroem plantações de subsistência e predam bezerros e cordeiros das fazendas.

Publicado
2022-01-31
Como Citar
Pedrosa, F., Keuroghlian, A., Oliveira-Santos, L., & Desbiez, A. (2022). O porco-monteiro do Pantanal. Boletim Do Museu Paraense Emílio Goeldi - Ciências Naturais, 16(3), 335-349. https://doi.org/10.46357/bcnaturais.v16i3.808