O impacto do estresse hídrico artificial na comunidade de samambaias e licófitas em um sub-bosque de floresta ombrófila na Amazônia oriental

Autores

DOI:

https://doi.org/10.46357/bcnaturais.v9i1.546

Palavras-chave:

Amazônia, Pteridófitas, El Niño, Mudanças climáticas

Resumo

Por sua alta dependência de umidade para reprodução, as samambaias e as licófitas são plantas muito sensíveis a variações de condições meteorológicas. O objetivo deste estudo foi comparar a influência do estresse hídrico artificial do Projeto Seca Floresta (Esecaflor) na riqueza de espécies e densidade de indivíduos de samambaias e licófitas do sub-bosque da floresta ombrófila na Amazônia. O Projeto Esecaflor compreende dois hectares, um dos quais de área experimental, onde ocorre a exclusão da precipitação, e outro para controle. O experimento começou em 2000 e está ativo. A umidade do solo foi medida de 2000 a 2011, e os dados de samambaias e licófitas em 2011. A taxa de redução de umidade do solo no hectare experimental, em comparação ao controle, variou de 17% a 68%. A riqueza de espécies apresentou 12 e cinco espécies no hectare controle e experimental, respectivamente, uma redução de 58%, enquanto a densidade de indivíduos apresentou 112 e 11 nos hectares controle e experimental, respectivamente, uma redução de 90%. A redução da riqueza de espécies e da densidade de indivíduos no hectare experimental é resultante da redução da umidade do solo. Isso demonstra que as mudanças climáticas na Amazônia geram impactos negativos na biodiversidade.

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Publicado

04/30/2014

Como Citar

Medeiros, P. S. de, Ferreira, L. V., & Costa, A. C. L. da. (2014). O impacto do estresse hídrico artificial na comunidade de samambaias e licófitas em um sub-bosque de floresta ombrófila na Amazônia oriental. Boletim Do Museu Paraense Emílio Goeldi - Ciências Naturais, 9(1), 223-230. https://doi.org/10.46357/bcnaturais.v9i1.546

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